A direção nacional do PS não quer comentar o caso judicial que envolve a vereação de Mesquita Machado em alegadas suspeitas de favorecimento da família do ex-edil de Braga.

Um dos ex-vereadores envolvidos é o atual deputado e secretário nacional Hugo Pires que vai ser constituído arguido após o Parlamento levantar a sua imunidade parlamentar. O mesmo deverá acontecer com a deputada Palmira Maciel, também ela ex-vereadora do PS na Câmara de Braga, cujo pedido de levantamento de imunidade parlamentar ainda não chegou ao Parlamento.

Pires tem o pelouro da Organização na direção nacional do PS, o que faz dele o homem do aparelho socialista e o braço direito da secretária-geral adjunta Ana Catarina Mendes.

Instada pelo Observador a explicar a política da direção de António Costa para casos em que os seus dirigentes nacionais ou deputados seja constituídos arguidos, Ana Catarina Mendes não quis esclarecer se Hugo Pires e Palmira Maciel irão suspender o seu mandato de deputados ou, no caso de Pires, o mandato como secretário nacional do PS.

“A secretária-geral adjunta não faz comentários sobre esta matéria, fazendo notar que neste momento e neste processo não existe sequer ainda nenhuma acusação deduzida”, foi a única resposta do Gabinete de Imprensa do PS enviada esta sexta-feira.

Após a notícia do Observador, a secção de Braga do PS emitiu um comunicado em que expressa “a sua total confiança no funcionamento dos órgãos jurisdicionais portugueses” e deseja que o processo que envolve os seus militantes (o ex-edil Mesquita Machado e os seus cinco vereadores) “tenha o seu normal decurso, no mais curto espaço de tempo possível, apurando-se a verdade dos factos e respeitando todos os direitos dos envolvidos, constitucionalmente conferidos”.

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