O vice-presidente da Venezuela, Aristóbulo Isturiz, afirmou este domingo que não haverá um referendo para afastar o Presidente, Nicolás Maduro, como exige a oposição.

“Maduro não vai deixar o poder devido a um referendo, porque não haverá referendo (…). Eles [os responsáveis da oposição] sabem que não vai haver referendo porque o estão a pedir muito tarde, muito mal e cometendo fraudes”, declarou Isturiz num discurso público proferido em Caracas.

A Venezuela atravessa uma grave crise política entre o governo ‘chavista’ (do nome do antigo presidente Hugo Chávez, 1999-2013) e o parlamento dominado pela oposição.

A crise agravou-se depois de a oposição ter conseguido, no final de maio, 1,8 milhões de assinaturas a favor da realização de um referendo, que quer realizar antes do final do ano, para afastar Maduro, que ocupa a presidência do país.

Se o referendo decorrer antes de 10 de janeiro próximo e se o “sim” vencer, teriam que ser organizadas novas eleições.

Mas a partir de 10 de janeiro, qualquer referendo só levará a uma solução, a substituição de Maduro por Aristóbulo Isturiz, do mesmo partido.

De acordo com uma sondagem recente, 66% dos venezuelanos querem que Maduro, eleito em 2013 para um mandato de seis anos, abandone o cargo e que se realizem novas eleições.

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