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11 empates em 15 jogos. Até onde pode chegar esta seleção que joga mais pelos resultados que pelas exibições?

É um facto confirmado pelos números: Portugal tem uma atração fatal pelos empates. Foram 11 nos últimos 15 jogos, em fases finais. Mas até onde pode chegar esta equipa de 'empatas'? Ouvimos quem sabe.

Todos os que acompanham o futebol não têm de ir muito fundo na memória para recordarem aquele dia 30 de janeiro. Foi ainda este ano. Jorge Jesus fazia a antevisão do jogo do Sporting com o V. Guimarães, da jornada 20 do campeonato. Vinha de uma final da Taça da Liga ganha em Braga, diante do V. Setúbal, nas grandes penalidades, depois do 1-1 no tempo regulamentar. Dias antes, uma meia final vencida ao FC Porto, também na lotaria dos penáltis — o jogo tinha ficado 0-0 nos 90 minutos. Foram dois empates convertidos em vitórias por uma equipa fria e calculista, que não deslumbrou no campo — preferiu fazê-lo no marcador. Nessa tal antevisão, a pergunta do dia feita ao técnico sobre a ‘nota artística’ foi esta: “A sua ideia de jogo mudou? Desta forma as suas equipas estão mais perto de ganhar mais vezes?“.

Jorge Jesus não se escondeu. Com aquele ar ligeiramente triunfal de quem sente que acabou de desenvolver uma grande ideia, o técnico disse de sua justiça: “Nem sempre as minhas equipas conseguem ser tão afirmativas e dominadoras, mas também é verdade que este ano temos umas características individuais e coletivas que fazem com que a equipa seja muito mais pragmática, muito mais realista, uma equipa assim mais à moda das equipas italianas. O que é importante é o objetivo e é dentro dessa filosofia e dessa ideia que tentamos trabalhar“. Uma equipa à italiana… a ideia fica a soar no teto da cabeça. É que da mesma forma que Jesus se lembrou desta analogia para caracterizar um Sporting que não jogava bem mas era pragmático (a história da temporada viria a não lhe dar exatamente razão sobretudo no que sobra dela, os títulos), também nós nos lembramos das equipas italianas para classificar — ou pelo menos colocar essa hipótese teórica — uma seleção realista com Fernando Santos ao leme.

Futebol assente no processo defensivo. Postura cautelosa e até ‘cínica’. Ataque com critério — muitas vezes em contra-ataque. Vitórias magras, algumas (demasiadas) sofridas. É este o fio de ideias que desenrolamos quando pensamos no estilo de jogo cunhado pelo selecionador nacional. E muitas vezes também quando pensamos no futebol italiano. Poderá Portugal encaixar nesta associação de ideias? Uma equipa que tantas vezes nos deixa com o credo na boca, que depende do rasgo individual de Ronaldo (ou de quem se chegar à frente, como Quaresma no último jogo com o Irão), mas que conquistou o troféu mais grandioso da história da Seleção Nacional e que, nos pingos da chuva, lá vai ganhando. Ou empatando. Pois é. A coisa é mais complexa do que parece.

Bem-vindo ao novo Portugal, o Portugal 2.0. Um Portugal que bate recordes — já é a seleção que está há mais tempo sem perder em fases finais (17 jogos), superando a Espanha de Del Bosque (a título de curiosidade, o último jogo perdido foi ainda no Mundial de 2014, com Paulo Bento ao comando, uma estrondosa goleada por 4-0 da Alemanha) — mas também um Portugal com uma atração fatal pelos empates. Vamos aos números. A Seleção Nacional empatou 11 dos últimos 15 jogos em fases finais, nos 90 minutos regulamentares. Neste Mundial foram dois (Espanha e Irão), na Taça das Confederações três (dois encontros com o México, um deles vencido no prolongamento, e um com o Chile, perdido nos penáltis) e no Euro 2016 foram seis (Islândia, Áustria e Hungria, na fase de grupos, e depois a Croácia, a Polónia e a França, para lá dos 90′). Trocado por miúdos, este é um Portugal que ganha empatando.

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Portugal é a Itália deste Mundial?

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A questão já vai lá atrás, no começo deste texto, mas esperamos que não se tenha esquecido. É a ela que voltamos agora, numa mescla em que tentamos perceber, também, qual é o novo paradigma em que Fernando Santos mergulhou a Seleção Nacional. Uma coisa parece ser certa: as vitórias morais ficaram arrumadas no baú das memórias. Jogar bem e perder? Isso é o Portugal do antigamente. O do agora não respeita os cânones estéticos, mas privilegia o resultado através da organização defensiva, de um ataque calculado, de um espírito de grupo à prova de bala — e, claro, de alguma sorte.

Manuel Machado chama a isto coerência. E em vários planos. “Desde o discurso, de fé, de ambição e de crença — e que já vem da fase pré-Europeu. Há também uma grande coerência noutro aspeto: o lote de jogadores é muito estável, sem profundas alterações e isso contribui para o rendimento final porque há estabilidade nas escolhas. Depois o modelo, em termos estratégicos, também é de grande coerência: Portugal não pretende assumir o jogo, joga normalmente com um bloco médio-baixo, não tendo muito a bola e jogando em ataque rápido ou contra-ataque“, explica o técnico, que até à temporada passada esteve ao leme do Moreirense.

E depois ainda há o modelo de jogo, um 4-2-2 “pouco ordotoxo”, como lhe chama Manuel Machado, e ao qual o selecionador nacional está agarrado com unhas e dentes. “É um sistema que não é clássico porque um dos flancos é ‘falseado’, ou seja, não é ocupado por um jogador com o perfil que normalmente o ocupa — por exemplo, utilizar Bruno Fernandes por fora, do lado esquerdo. Isto pode tirar alguma profundidade num dos flancos. Depois, a definição dos dois atacantes também é um pouco difusa. Gonçalo Guedes cai para a esquerda, Cristiano baixa, deixa o Guedes por dentro… Há ali um conjunto de movimentos que é menos normal num 4-4-2 clássico, ortodoxo”.

O treinador considera que Portugal pode ser olhado “um pouco” à imagem das equipas italianas. “Fernando Santos transportou para Portugal o pragmatismo que já tinha enquanto selecionador da Grécia, um futebol orientado para os resultados. É certo que em Portugal há outra riqueza em termos de qualidade técnica e talento, relativamente ao que a Grécia lhe disponibilizava”.

Mais contundente é Luís Vilar, diretor da Faculdade de Ciências da Saúde e do Desporto da Universidade Europeia. “Se saber explorar os momentos do jogo, controlar os ritmos e jogar com o que o jogo pede é jogar à italiana — e parece-me que sim — então Portugal fá-lo com grande sabedoria”, explica o professor, que fala, sim, de uma mudança de filosofia, mas não em exclusivo na Seleção Nacional. “Existe um novo paradigma com Fernando Santos mas, sobretudo, um novo paradigma no modelo de vitória em fases finais de provas internacionais de seleções. Nos últimos anos temos assistido a um crescendo da densidade competitiva das principais equipas do mundo. Se há 15 anos uma equipa de topo mundial fazia 40 jogos numa temporada, neste momento faz na casa dos 60 jogos oficiais, mais os de preparação, em dez meses e meio, o que dá uma densidade competitiva substancialmente maior. O que acontece é que, quando chegam as provas de seleção, os jogadores estão muito fatigados e vemos isto sobretudo nos jogadores das cinco maiores ligas”, avança.

E, na prática, o que é que isto muda? “A forma como se ganha hoje já não é a mesma de como se ganhava há 20 anos. Hoje ganha-se gerindo os ritmos de jogo, com bloco compacto, as linhas muito juntas, e controlando o jogo, não necessariamente na posse e no número de situações de golo criadas, mas sim no domínio territorial do espaço, no controlo do ritmo de jogo e na eficácia. Vemos equipas que não se adaptam a este registo a serem eliminadas de forma precoce”, explica.

Nesta ótica, Portugal soube adaptar-se aos tempos modernos. “Fernando Santos percebeu este modelo. Também alavancado nas características dos seus jogadores, percebeu que isto não é para grandes correrias, grandes intensidades, isto é para gerir o ritmo dos jogos e ir crescendo jogo após jogo com vitórias que trazem confiança. O importante, como Fernando Santos diz, é defender bem — e isso passa por ter as linhas juntas e o controlo territorial do espaço, não o controlo da bola — e depois ser eficaz em cinco, seis oportunidades que vá criando no decorrer do jogo. Foi assim que a Seleção ganhou o Euro”, complementa Luís Vilar. Para o especialista, o enfoque no processo defensivo, marca de Fernando Santos, é uma inevitabilidade.

"Fernando Santos percebeu que isto não é para grandes correrias, grandes intensidades, isto é para gerir o ritmo dos jogos e ir crescendo jogo após jogo com vitórias que trazem confiança. O importante é defender bem -- e isso passa por ter as linhas juntas e o controlo territorial do espaço, não o controlo da bola -- e depois ser eficaz em cinco, seis oportunidades que vá criando no decorrer do jogo"
Luís Vilar, diretor da Faculdade de Ciências da Saúde e do Desporto da Universidade Europeia

“É diferente ser treinador de seleções e de clube. Para desenvolver o processo ofensivo é preciso tempo. As equipas que o fazem são equipas em que os jogadores jogam nos mesmos clubes e têm uma matriz identitária muito forte, como é o caso da Espanha, que tem um futebol ‘blaugrana’, do tempo de Guardiola”, explica Luís Vilar, que sublinha ainda: “O processo defensivo, pela sua natureza, é menos complexo, porque os jogadores estão muito mais acoplados ao movimento da bola do que ao movimento uns dos outros, ou seja, no processo defensivo os movimentos dos jogadores são muito homogéneos; em processo ofensivo a irregularidade é tremenda. A complexidade é maior, logo para equipas que treinam pouco, é mais fácil trabalhar o processo defensivo. Abordar os jogos pelo lado defensivo é muito mais eficaz e inteligente para quem tem pouco tempo treino e jogadores muito cansados“.

Enquanto lá atrás nos lembrámos da Itália para caracterizar Portugal, Nelo Vingada lembrou-se da Grécia. Não a de Fernando Santos, mas aquela da qual nunca mais um português se pode esquecer. Aquela que ‘roubou’ o Euro 2004 à Seleção Nacional, na sua própria casa. “Na altura, escrevi que a Grécia joga sempre para não perder e que às vezes ganha”, diz o treinador, que abandonou em dezembro passado o comando técnico da Malásia. “Isto quer dizer que Portugal é a Grécia de 2004? Não, acho que Portugal é bem melhor, tem mais talento e uma identidade mais forte. A Grécia de 2004 não teria hipóteses neste Mundial. Mas também não me custa admitir que temos de ser melhores do que temos sido — e não é um bocadinho, é bem melhores”, sustenta o técnico.

Nelo Vingada acredita que Portugal não joga à italiana porque “o conceito de uma equipa extremamente defensiva e a jogar apenas no erro do adversário não se adequa. Portugal não joga só no erro e nas coisas menos boas que podem acontecer ao adversário. Mas provavelmente também não podemos jogar como a Alemanha, o Brasil ou a Espanha, de caras perante os adversários”, defende. “Portugal é uma equipa muito pragmática e realista, que conhece as suas limitações e consegue escondê-las da melhor forma. Isso é mérito do treinador”.

"Era disto que precisávamos, depois de décadas a jogar bem e a não ganhar. Em 2004, perdemos a final por falta de pragmatismo"
Nelo Vingada, treinador

O técnico, que passou pelas camadas jovens da Seleção Nacional, diz sem pruridos que esta filosofia é necessária a Portugal. “Se não fosse assim não teríamos sido campeões. Era disto que precisávamos, depois de décadas a jogar bem e a não ganhar. Em 2004, perdemos a final por falta de pragmatismo. Não jogamos bem, mas os resultados dificilmente poderiam ser melhores”, acredita Nelo Vingada.

Outro histórico treinador português, Álvaro Magalhães, acredita que Portugal “defende bem mas não tem a qualidade do futebol italiano, onde as equipas são pragmáticas, com uma estrutura defensiva muito forte, jogam ao ataque mas com cabeça, são inteligentes”. E a Seleção Nacional não assenta nestes pressupostos. “Estamos a viver de Ronaldo, não apresentamos um futebol de qualidade. Ganhamos, mas para isso estamos sempre à espera de Ronaldo. E não podemos pensar assim. Portugal tem jogadores para jogar de outra forma. Às vezes ganha-se e não se joga bem, mas não pode ser sempre. Temos seleção para jogar mais e não ter receio de nenhum adversário”.

Primeiro estranha-se, depois entranha-se?

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Tudo isto vai entroncar noutra questão. É que com o admirável mundo novo que esta seleção nos abre, tudo se divide em duas alas: os líricos e os resultadistas. Pelos nomes, já deve ter percebido de que personagens falamos. De um lado, aqueles que até podem gostar dos resultados — vá, o que há para não gostar em ver Portugal campeão europeu? — mas que têm uma queda pela estética do jogo e que, por isso, sentiam um orgulho tremendo quando Portugal jogava bem, mesmo ficando arredado das grandes decisões. Do outro, os que seguem a escola dos resultados. Que gostam e de que maneira deste Portugal virado do avesso, que sofre mas também ganha (às vezes empatando, lembra-se?).

"Não gosto da abordagem pragmática, mas percebo. Acredito que o espetáculo tem de ser parte do futebol, mas a verdade é que o negócio não está montado para privilegiar o espetáculo, está montado para privilegiar o resultado. E quem não entende isso é um académico como eu e um lírico como eu"
Luís Vilar, diretor da Faculdade de Ciências da Saúde e do Desporto da Universidade Europeia

E claro, as opiniões divergem também nesta mini-amostra de especialistas contactados pelo Observador. Luís Vilar é assumidamente da ala lírica. “A abordagem de Fernando Santos é inteligente, apesar de não gostar nem um bocadinho”, começa por dizer. “Não gosto, mas percebo. Acredito que o espetáculo tem de ser parte do futebol, mas a verdade é que o negócio não está montado para privilegiar o espetáculo, está montado para privilegiar o resultado. E quem não entende isso é um académico como eu e um lírico como eu”. 

Álvaro Magalhães alinha pela mesma batuta. “Não me revejo muito nesta filosofia. O resultado é fundamental, mas a exibição é muito importante. Por vários motivos, desde logo porque ganhando e jogando bem, a motivação e confiança são diferentes. Jogando só para o resultado pode fazer com que nos saia o tiro pela culatra”, explica o treinador, que foi ajunto no Benfica e que treinou um punhado de clubes em Portugal, Roménia e Angola. “Antigamente jogávamos bem, mas não ganhávamos, é certo, mas também convencíamos o mundo de que tínhamos bons jogadores e qualidade. Mas é verdade que, no futebol, vamos sempre bater no mesmo: o resultado muitas vezes é o mais importante”, diz.

O resultado, o resultado… precisamente a variável pela qual Manuel Machado olha para a equação. “Em desportos de alto rendimento, é de rendimento que falamos. E se temos o rendimento, por que não me identificaria com este paradigma? Agora, claro que o nosso futebol não é de encher o olho, não é vistoso, é um pouco de repelões, mas no que é essencial, o rendimento, estamos na nossa melhor fase. É bonito, é agradável de se ver, é aliciante? Olhando por essa janela, com certeza que não”.

“Como profissional, tenho de dizer que apenas o resultado fica”, confirma o experiente Nelo Vingada. “Em 1994, no Campeonato do Mundo dos Estados Unidos, o Brasil foi campeão nos penáltis, foi talvez a final mais fraca. Mas quem foi campeão foi o Brasil e é isso que fica. Se perguntar a 99% dos adeptos, vão dizer que preferem o resultado. Result remains forever [o resultado fica para sempre], como dizem os ingleses. As exibições esquecem-se”.

Até onde pode ir esta seleção?

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Feitas as declarações de interesse, importa perceber até onde nos pode levar (ainda mais) esta Seleção, que empata muito, que ganha por poucos, que joga feio mas que parece talhada para grandes feitos — e para nos alegrar com eles. Luís Vilar acredita que Portugal tem de melhorar o seu ponto mais forte. Confuso? “Defensivamente, Portugal não está tão consistente como foi no Euro. Se não acontecer uma maior robustez deste ponto de vista — estamos a conceder muitas ocasiões ao adversário — será eliminado”. Mas há mais a corrigir, para o responsável da Universidade Europeia. “Os jogadores dos corredores laterais têm de trabalhar mais. Bernardo Silva e João Mário não têm estado ao nível que é expectável, assim como os laterais, daí que homens do meio-campo estejam a ser mais fustigados por isso. Porque se os extremos não jogarem muito mais perto dos dois médios centro, não há equipa que resista”.

Se estes aspetos forem corrigidos, sublinha Vilar, Portugal pode ultrapassar o Uruguai e seguir longe na prova. Até porque, acredita, a Seleção Nacional está talhada para jogos de ‘mata-mata’. “Este estilo de jogo, de blocos coesos, da eficácia defensiva, de perceber cada momento do jogo, é dominante em jogos a eliminar, que podem ir aos 120 minutos”, considera.

"É um Portugal mais realista. Já vimos seleções melhores, com um futebol mais vistoso, que não se apuraram. E Portugal, com o tal futebol, está dentro. Por isso este é o caminho"
Manuel Machado, treinador

Manuel Machado é lacónico: esta Seleção traz-lhe mais confiança do que outras que, no passado, jogavam bem mas não levantavam canecos. “É um Portugal mais realista. Já vimos seleções melhores, com um futebol mais vistoso, que não se apuraram. E Portugal, com o tal futebol, está dentro. Por isso este é o caminho”. E “está dentro”, citando o técnico, até quando? Será possível replicar o desfecho vitorioso do Euro 2016? “Vai ser mais difícil, a concorrência é outra. Tenho visto do melhor futebol nesta fase de grupos, daquele que nos prende ao ecrã, o que denuncia seleções muito boas: Franca, Espanha, Bélgica, Croácia, Rússia, que tem grande robustez e joga em casa, são obstáculos muito difíceis de ultrapassar”.

O Uruguai é, para Manuel Machado, um adversário “difícil”, mas a Rússia é que seria o cabo dos trabalhos “por jogar em casa e por também ter um futebol pragmático”. Bater os sul-americanos está ao alcance, se Portugal “mantiver o padrão” com que tem jogado.

Nelo Vingada também acredita que se está a fazer do Uruguai “melhor do que é”. “Ganhou ao Egito e à Arábia Saudita de forma normal, porque são duas das seleções mais fracas, a par do Panamá. Depois ganhou 3-0 à Rússia, mas num contexto em que as duas equipas já estavam apuradas”. Ainda assim, fica o alerta: “Temos de jogar bem melhor do que até aqui”. Para o técnico, os principais perigos chegam quando “a equipa se descompacta, como aconteceu com Marrocos, em que mostrámos fraqueza coletiva”.

Álvaro Magalhães está em contra-ciclo com as outras opiniões: para Portugal bater o Uruguai — e seguir mais longe na prova –, tem de ser tudo aquilo que não tem sido. “A Seleção não pode deixar jogar o adversário. Tem de ter muita posse, em progressão, à procura do golo — não é posse de bola no nosso meio campo, a jogar para trás. Tem, também, de ser muito pressionante”. Mas há mais a mudar: “Acredito que, com as características dos jogadores, Portugal era mais forte em 4-3-3, jogando com dois médios ala de raiz. Não gosto de ver João Mário do lado esquerdo, quando as características dele são mais de jogador de centro”, remata.

O técnico acredita na frase que diz que “tantas vezes o cântaro vai à fonte que um dia lá fica”. Que é como quem diz: “Os jogadores estão convencidos de que não jogam bem, mas que ganham. Mas há um dia em que não vai ser assim”. Está estudada a teoria, agora é hora de largar o bloco de notas. Porque as respostas — como sempre acontece — vão ser dadas dentro daquele retângulo de 105 por 68 metros.

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