Os medidores de radioatividade instalados em Zaporíjia, nas margens do rio Danápris e na fronteira norte com a Crimeia, não antevêem para já a história de terror que as autoridades ucranianas temem que se desenrole na central nuclear tomada pelas forças militares da Rússia. A Agência Internacional de Energia Atómica garante que, mesmo após a conquista russa da maior central nuclear da Europa, a nona em todo o mundo, não houve libertação de material radioativo e os níveis de radiação no local continuam normais e estáveis.

Mas a Inspeção Reguladora Estadual Nuclear, entidade ucraniana responsável por monitorizar toda a produção de energia nuclear no país, avisa que isso não é suficiente para respirar de alívio: colocada nas mãos erradas, a central de Zaporíjia pode transforma-se num acidente nuclear comparável a Chernobyl ou Fukushima. Mas pode não ser bem assim.

Seis dos quinze reatores nucleares que existem na Ucrânia estão em Zaporíjia, mas três foram desativados desde que a guerra com a Rússia eclodiu e, neste momento, apenas um deles prossegue em funcionamento, a cumprir 60% da sua atividade.

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