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Fjodor van den Broek é o relojoeiro solitário de Windsor. No passado domingo, mais uma vez, coube-lhe adiantar a hora em cerca de 450 relógios do Castelo
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Fjodor van den Broek é o relojoeiro solitário de Windsor. No passado domingo, mais uma vez, coube-lhe adiantar a hora em cerca de 450 relógios do Castelo

Fjodor van den Broek é o relojoeiro solitário de Windsor. No passado domingo, mais uma vez, coube-lhe adiantar a hora em cerca de 450 relógios do Castelo

De Ana Bolena à centenária Casa de Bonecas: há mais de 800 relógios reais para acertar quando a hora muda

A hora de verão também chegou ao Reino Unido, o que nos palácios de sua majestade significa um longo trabalho manual para afinar a posição dos ponteiros. Revemos a história de 10 peças únicas.

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Astronómicos, em miniatura, de torre ou musicais. Certamente os seus mecanismos deverão muito à inteligência de quem os concebeu, mas como não são “smart” segundo os padrões atuais precisam de intervenção manual. Duas vezes por ano, com a previsível pontualidade que dá fama ao reino, centenas de relógios da coleção real são acertados pelos conservadores escalados para o efeito. No passado domingo, com a entrada em vigor do horário de verão, o longo processo não escapou à regra.

Existem mais de 1.600 relógios históricos na Coleção Real, 450 dos quais encontram-se no Castelo de Windsor e 350 nas residências londrinas da família real, entre o Palácio de Buckingham e o de St James, e ainda 50 no de Holyroodhouse, em Edimburgo. “O meu antecessor estava aqui há 20 anos, e o seu antecessor há 30, portanto diria que é um trabalho para a vida. Tenho a sorte de ter chegado aqui cedo, espero ficar aqui algum tempo”, contava à BBC em 2020 o mestres relojoeiro solitário de Windsor, responsável pela gestão deste precioso acervo numa das moradas preferidas de Isabel II.

De origem neerlandesa, Fjodor van den Broek estudou em Schoonhoven, nos Países Baixos, onde se iniciou na reparação e restauro dentro deste ramo. Depois de se licenciar, mudou-se para o Reino Unido, onde completou a sua pós-graduação, em 2017, no West Dean College, em West Dean. Quando não está a tratar desta intensiva operação de acerto, o relojoeiro passa os seus dias na oficina, a consertar peças que podem ter 200 ou 300 anos. E um dia da semana, todas as semanas, é dedicado em exclusivo a calcorrear o palácio de Windsor, para dar corda aos mecanismos que assim o exigem. Não estranha que facilmente atinja os 16 mil passos, contabilidade que os objetos do seu trabalho não conseguiriam fazer.

Fjodor é ainda responsável por garantir a função e rigor dos relógios presentes nos Apartamentos de Estado, antes que os visitantes cheguem a este local para se encontrarem com o soberano, o que inclui investiduras, distinções e visitas oficiais de chefes de Estado.

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@ Royal Collection

“A maioria dos relógios são bastante precisos mas de vez e quando, sem razão aparente, começam a perder ou ganhar tempo — é algo a que chamo ganharem ‘vida'”, descreve o relojoeiro ao mesmo meio.

Por que é que é mais difícil no inverno? E o que se passa na cozinha?

Um dos cinco departamentos da Casa Real, a Royal Collection Trust emprega cerca de 500 pessoas e cuida da Coleção Real, um dos maiores acervos de arte do mundo, administrando ainda a abertura ao público das residências oficiais de Sua Majestade o Rei – Palácio de Buckingham, Castelo de Windsor e Palácio de Holyroodhouse, em Edimburgo. Os relógios são por isso apenas uma pequena parte de um enorme mundo a desvendar, mas talvez uma das que mais interesse suscita, pelas origens remotas e por uma vitalidade ancestral que chega até hoje. “Os visitantes adoram o facto de os relógios serem mantidos a funcionar e no horário certo; eles são uma parte fundamental da experiência de visitar os Apartamentos de Estado nessas residências reais em funcionamento.”

Também natural dos Países Baixos, faz dez anos que Tjeerd Bakker trocou o Rijksmuseum pela coleção real, enquanto relojoeiro sénior. Em comunicado, em vésperas de mais uma grande operação para acertar os ponteiros para o horário estival (que entrou em vigor às 02h00 de domingo passado), Bakker partilhava com a imprensa alguns detalhes deste processo. Apesar da vastidão dos espaços, e das centenas de quartos e outras divisórias que é necessário percorrer para atualizar todos os mecanismos, o especialista conta que apenas duas pessoas estão a cargo dessa missão em Buckingham e St James — algo que lhe leva qualquer coisa como 16 horas. Já Fjodor van den Broek leva cerca de 18 horas a dar conta do recado sozinho.

@ Royal Collection

Todd-White Art Photography/Ben Fitzpatrick

O site oficial da coleção adianta outros detalhes sobre esta tarefa. Por exemplo, leva mais tempo acertar os relógios no inverno do que sintonizá-los com o horário de verão, isto porque nem todos podem ter os seus ponteiros girados no sentido anti-horário. A melhor prática para estes casos é pará-los e retornar uma hora depois para iniciá-los novamente. De referir ainda outra subtileza que neste caso nos leva até à cozinha. Os relógios do Castelo de Windsor e do Palácio de Buckingham desta divisória, tal como em Balmoral, estão sempre adiantados cinco minutos, para garantir que a comida chega a tempo e horas.

“Os relojoeiros têm sido empregados pela Casa Real há séculos, e é um privilégio continuar essa tradição.”, garante Bakker. Vamos então conhecer alguns destes tesouros, com mecânicas tão engenhosas quanto as suas histórias.

O mais antigo, os mais pequenos e o precursor dos relógios de pulso

Refletem a inovação ao longo dos séculos e os gostos de sucessivos monarcas, num encontro entre progresso, artesania e valor estético. Os items da Coleção Real compreendem alguns dos primeiros exemplos de relógios barométricos até criações com elaborada decoração em porcelana ou componentes musicais. E justificam uma pausa para um pouco de História.

Se os relógios automáticos têm sido usados na Grã-Bretanha desde cerca de 1300, facto é que até meados do século XVII a sua fabricação foi incrivelmente rara. Do ponto de vista doméstico, coube à dinastia Stuart dar o empurrão necessário para estimular o ofício. Carlos I (1600-1649) criou a Worshipful Company of Clockmakers, em 1631, e consta que mantinha dois relógios – um de ouro e outro de prata – ao lado de sua cama, a que dava corda todas as noites. Quanto ao seu filho, Carlos II (1630-1685), passou a estabelecer o Observatório Real, em 1675, outra instituição fundamental para o desenvolvimento científico na área e também ele se destacou como colecionador — em 1675 comprou um relógio feito pelo eminente cientista Robert Hooke e um artesão nascido em Bedfordshire que tornar-se-ia determinante, Thomas Tompion (c.1639–1713), um dos maiores fabricantes de relógios inglês (da sua oficina terão saído 650 exemplares de maior formato e ainda 5 mil de bolso, devidamente numerados).

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Um retrato do rei Jorge III

Getty Images

Como patrono da ciência, Jorge III (1738-1820) encorajou alguns dos desenvolvimentos mais importantes neste campo e garantiu que outros nomes figurariam nesta Coleção. É o caso de artesãos como Christopher Pinchbeck (c.1670-1732), Thomas Mudge (1715-1794) e Alexander Cumming (c.1732-1814). Já Jorge IV (1762-1830), muito apreciador das obras de arte francesas, adquiriu uma série ornamentada originária do continente, com muitos desses relógios a serem recuperados pelo seu relojoeiro, Benjamin Vulliamy (1747-1811). Recordemos algumas peças icónicas, muitas das quais podem ser vistas pelos visitantes nos palácios mencionados.

Ana Bolena e uma viagem ao século XVI

O topo perfurado com folhagens, os pergaminhos contendo o sino, o leopardo segurando um escudo com o brasão real e a Jarreteira; ou os painéis laterais gravados com mais um brasão. Está classificado como o relógio mais antigo da Coleção Real e tem a fama de ter sido oferecido por Henrique VIII a Ana Bolena, na manhã do seu casamento, e 1532.

Segundo o Royal Trust, tem havido muito debate académico sobre a sua autenticidade histórica, mas parece ser certo pelo menos que ao longo do tempo sofreu alterações substanciais no seu mecanismo de forma a ser mais prático — e que este é também o relógio mais antigo de toda a coleção real. Sobre o seu destino ao longo dos séculos, diz-se que foi dado ao romancista inglês Horace Walpole por Lady “Betty” Germain, abastada aristocrata e filantropa, e que teria sido comprado pela rainha Vitória na venda da coleção de Walpole em Strawberry Hill, a 13 de maio de 1842. O relógio tem um pequeno movimento de relógio de lanterna estilo gaiola de pássaro.

@ Royal Collection Trust

A Casa de Bonecas mais famosa do mundo

Quando falamos de tamanho, estes são certamente os relógios mais pequenos da coleção. Repare-se nas miniaturas instaladas na Casa de Bonecas da Rainha Maria, construída para a consorte do rei Jorge V entre 1921 e 1924, e no sentido de oportunidade para assinalar a efeméride. Em Windsor, os visitantes podem conferir de perto esta estrutura erguida com meticuloso detalhe. Na verdade, o título deste artigo pode ser enganador, já que estes relógios feitos pela Cartier, com poucos centímetros de altura, são mantidos parados. Não é que não tenham movimentos mecânicos que os permitam funcionar mas esta é uma forma de evitar o desgaste desnecessário.

@ Royal Collection Trust

Basta olhar para esta Casa concebida pelo arquiteto britânico Sir Edwin Lutyens para perceber que abundam os motivos de interesse. Para começar, abriga obras de mais de 1.500 dos melhores artistas, artesãos e fabricantes do início do século 20, funcionando como uma inesperada cápsula do tempo.

Um século depois, é impossível ignorar os níveis de recriação, seja no cenário real do salão e da sala de jantar, da biblioteca repleta de obras originais de nomes literários famosos da época, da  adega totalmente abastecida, ou do jardim.

@ Royal Collection

Criada com o objetivo de ser o mais fiel possível à vida quotidiana, inclui ainda eletricidade, água corrente e elevadores de trabalho. Para além de que cada quarto está devidamente mobilado.

Com vista para o Quadrângulo

Com uma face com 2,14 metros de diâmetro, é considerado o maior relógio da coleção e destaca-se no Quadrângulo do Castelo de Windsor. Foi construído por Benjamin Lewis Vulliamy, em 1829, e instalado durante a extensa restauração do edifício por Jorge IV. O castelo original foi construído no século XI, após a conquista normanda da Inglaterra por Guilherme I. Usado pelos monarcas desde o reinado de Henrique I, é o castelo há mais tempo habitado de toda a Europa — e guarda relógios bem mais antigos que este. Exemplo? Atrás do Claustro da Ferradura está a Torre de Recolher, uma das partes mais antigas da Ala Inferior e que data do século XIII. O interior da torre contém um antigo calabouço, vestígios de uma passagem secreta, e no andar superior estão desde 1478 os sinos do castelo, além do relógio de 1689.

@ Royal Collection Trust

Charlotte, a rainha dos relógios

Um dos relógios mais importantes da coleção é conhecido como relógio da Rainha Charlotte. Este acessório de bolso único foi o primeiro a ter um escape de alavanca e, como tal, é o precursor de quase todos os relógios de pulso e bolso modernos. Casada com Jorge III, Charlotte (1744-1818) teria guardado “vinte e cinco relógios, todos altamente adornados com joias” ao lado de sua cama na Casa de Buckingham (mais tarde Palácio de Buckingham), pelo que também esta criação terá sido adicionada ao seu conjunto de relógios quando foi adquirido em 1770. Thomas Mudge (1715-1794), o fabricante deste relíquia, referiu-se a ele como o “relógio da rainha”, e ainda “o relógio mais perfeito que pode ser usado no bolso alguma vez feito”.

Beleza à parte, há boas razões para o brio manifestado por Mudge. A Coleção Real nota a importância história de um objeto fundador: é o mais antigo exemplo de um sistema que garante o movimento dos ponteiros a um ritmo constante, uma melhoria notável, que rivaliza com a mola de equilíbrio. Conhecido como o precursor de quase todos os relógios de pulso e bolso modernos, foi ainda o primeiro relógio de bolso a incluir um dispositivo automático que compensava as mudanças de temperatura.

@ Royal Collection Trust

Jorge III, o entusiasta nato

Considerem-se todos os relógios que encomendou, colecionou e às vezes até projetou durante seu reinado, entre 1760 e 1801. Olhando para este conjunto fica bem patente o interesse do rei Jorge III pela relojoaria. O seu acervo pessoal revela não apenas inovação técnica, mas também acabamento e design requintados — de tal forma que a Coleção Real dedica todo um vídeo aos projetos do monarca, com destaque para dois incríveis modelos astronómicos.

Um dos mais complexos comprados pelo rei, no século XVIII, tem mostradores em todos os quatro lados, e é capaz de mostrar a hora, marcar a fase da lua, o dia e a data, e identificar ainda as marés em 32 portos ao redor do mundo. Junte-se o aspeto glamoroso e a qualidade excecional dos materiais, claro. De visita à oficina de Christopher Pinchbeck II, Lady Mary Coke (mais conhecida como a verdadeira Lady Whistledown) salientou que o design do relógio resultava da combinação do gosto de sua majestade e ainda do seu arquiteto, William Chambers.

@ Royal Collection Trust

Para a história passa também um modelo de pé, que adorna hoje a Sala do Trono do Palácio de Buckingham, endereço que Jorge III procurou decorar com os melhores instrumentos relojoeiros e científicos da época. Da autoria de Alexander Cumming (1733-1814), o relógio barométrico – que regista a pressão do ar em relação ao tempo –, é excecional pela sua complexidade mecânica. Distingue-se também pela riqueza da caixa de carvalho, que incorpora ornamentos de bronze em forma de máscaras de leão e troféus militares. Para ter uma ideia do impressionante valor, custou ao soberano a avultada soma de 1.178 libras, com Cumming a receber também uma taxa anual pela manutenção do relógio.

@ Royal Collection Trust

O preferido da rainha Vitória

É apenas um entre os relógios que merecem atenção do mestre relojoeiro de serviço, e figura na famosa Sala de Jantar de Estado do Palácio de Buckingham. Desta peça de mantel se diz ter sido a preferida da rainha Vitória, apresentada à monarca em 1844 pelo rei Luís Filipe de França, que a terá encomendado em 1837 para os seus apartamentos privados no Palácio de Saint-Cloud (seria uma repetição de um relógio apresentado ao Papa Leão XII pelo antecessor do rei, Carlos X, em 1826).

Por trás desta peça que agora brilha em solo britânico, destaca-se um retrato da própria Vitória. Quanto ao relógio em si, incorpora três pinturas que representam as três idades da relojoaria. Na frente observamos o primeiro relógio astronómico, em 1364, uma referência de Pádua, Itália; no lado esquerdo, uma imagem do físico holandês Christian Huyghens com o primeiro relógio de pêndulo, que inventou em 1656; e  no lado direito, um senador romano segura um relógio de água. A completar a decoração, coroas de folhas, medalhões e figuras de relojoeiros famosos enriquecem o estojo. Reservemos uma linha extra para as incrustações de porcelana em redor das pinturas, feitas na famosa fábrica de porcelana Sèvres, em Paris, um dos principais produtores da Europa.

@ Royal Collection

O relógio-órgão de Charles Clay

É escasso chamar-lhe relógio. Em bom rigor, trata-se de um relógio-orgão. Ou será orgão-relógio? O certo é que foi criado tanto para dar horas como música, e logo composições de Handel. A peça terá sido adquirida por Frederick, então príncipe de Gales ou pela princesa Augusta. Pais de Jorge III, e grandes amantes da música, encomendaram dois exemplares de peso com esta natureza ao mestre Charles Clay, que monopolizaria este campo (de resto, Clay e Handel trabalharam muitas vezes juntos na criação de relógios de órgão, alguns dos quais encaminhados para as famílias reais na Europa.)

Não se sabe ao certo quando o relógio deu entrada na coleção pessoal do casal — terá sido criado nos anos 30 do século XVIII e sabe-se que em 1743, três anos depois da morte do relojoeiro, a sua viúva, Sarah Clay, publicava um anúncio no jornal comunicando a sua exposição ao público em Cecil Street. Poderá ter sido nesta altura que os príncipes o compraram, mas também se admite que possa ter sido comprado por Augusta em 1759, ao relojoeiro George Pyke.

Sabe-se, sim, que a peça passou por alterações ao longo dos tempos. Em 1822, para o rei Jorge IV, a Rundell, Bridge and Rundell introduziu algumas mudanças. E em 1829, o relógio foi confiado à famosa dupla Nicholas Morel e George Seddon, da Morel & Seddon, responsável pela redecoração de fundo operada no Castelo de Windsor, sob a égide de Jorge IV.

@ Royal Collection

Um imponente bouquet

Datado de 1782, criado pela Fábrica de Porcelanas Vincennes, é difícil ignorar o relógio “Girassol” e o seu conjunto de peças desmontáveis. O mostrador desta peça francesa replica o centro de um girassol, um símbolo usado pelo Rei Sol, Luís XIV de França. É cercado por flores de porcelana nos caules, e cada flor é acompanhada pelas folhas corretas. Os caules são removíveis, admitindo-se que as flores de porcelana tenham sido utilizadas apenas nos meses de inverno, sendo substituídas por exemplares verdadeiros durante o verão. Jorge IV (1762-1830), que era um fervoroso admirador das obras de arte francesas, adquiriu este relógio em 1819, uma compra intermediada por François Benois, que terá desembolsado 5500 fracos.

Olhos nos olhos

Uma peça de 1790, instalada na Sala de Desenho do Rei, em Windsor, que de novo volta a conjugar as horas com uma caixa musical. Neste caso assumindo a forma de uma mulher negra com um turbante. É a sua cabeça que contém o relógio, e as horas são mostradas nos seus olhos: aparecem em algarismos romanos no seu olho esquerdo, enquanto os minutos surgem em algarismos arábicos no olho direito. Agora pode olhar para os brincos, porque também eles desempenham uma função. O esquerdo permite regular as horas e se puxar o direito ativa a caixa de música na base, que contém um órgão de 16 tubos. Oito músicas podem ser tocadas, quatro das quais foram identificadas como canções populares francesas da época. Esta é uma criação de Jean Antoine Lépine (1720-1814).

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