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Reportagem nos bastidores e no concerto de Cláudia Pascoal, no Super Bock em Stock, no cinema São Jorge. Lisboa, 20 de Novembro de 2021. FILIPE AMORIM/OBSERVADOR
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FILIPE AMORIM/OBSERVADOR

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"Está na hora, vamos a isto": nos bastidores de um festival com Cláudia Pascoal

Acompanhámos um dia marcante para a cantora: ano e meio depois do álbum de estreia que não pôde tocar ao vivo por causa da pandemia e a seis meses de lançar um novo conjunto de canções.

Nunca lhe tinha acontecido, garante. E foi tão perfeito que parecia encenado. Digamos que esquecer-se da letra a meio de uma canção nunca terá corrido tão bem a alguém como a Cláudia Pascoal, quando encravou no verso “(…) de manhã até custa… de manhã até custa…” de uma canção que vai fazer parte do próximo álbum, previsto para o próximo verão.

Aconteceu durante a penúltima canção da noite de 20 de novembro, na edição de 2021 do festival Super Bock Em Stock. Cláudia Pascoal tinha pedido ao público que enchia a Sala 2 do Cinema São Jorge, em Lisboa, para que se sentasse no chão. “Parece que estamos num ATL e que agora vos vou contar uma história”, disse a artista que o Festival da Canção de 2018 revelou ao país, enquanto as pessoas se agachavam ou sentavam. E contou uma história. Aliás, cantou uma história — de amor. Sentada à beira do palco, munida apenas com o ukulele que usa para compor todas as suas canções — “mesmo que depois, em estúdio, o instrumento desapareça por completo”, dir-nos-ia algumas horas antes de o concerto começar —, Pascoal tocou uma inédita intitulada “Lugar”.

Apresentou-a como sendo uma canção de amor, explicando de seguida que não escreve canções de amor mas que aconteceu apaixonar-se durante a quarentena.

“(…) de manhã até custa… de manhã até custa…”

“…Acordar!”, lançou alguém da frente da plateia.

Transpareceu de imediato que só uma pessoa poderia saber como completar a frase. “Nunca me tinha acontecido. Bloqueei por completo, mas acabou por proporcionar um momento bonito… Senti-me apoiada pela minha cara metade”, disse Pascoal ao Observador depois do concerto.

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Reportagem nos bastidores e no concerto de Cláudia Pascoal, no Super Bock em Stock, no cinema São Jorge. Lisboa, 20 de Novembro de 2021. FILIPE AMORIM/OBSERVADOR Reportagem nos bastidores e no concerto de Cláudia Pascoal, no Super Bock em Stock, no cinema São Jorge. Lisboa, 20 de Novembro de 2021. FILIPE AMORIM/OBSERVADOR

Falta pouco para a abertura das portas e só agora estão a conseguir fazer o soundcheck. A equipa de Pascoal pede à organização do festival mais alguns minutos, mas a margem é curta

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Também nunca tinha escrito uma canção de amor, e não lhe parece que vá escrever muito mais. “Não sou nada romântica, mas aquela canção representa o que senti na altura. A quarentena provocou em mim coisas estranhas.”

Quando escreve canções, nunca sabe de antemão o que é que vai sair, se será uma música alegre ou triste, se romântica ou de festa. “Não consigo escrever canções com um objetivo”, diz. “Sai o que estiver a sentir. Sou eu a passar-me. Sou o reflexo de todas as minhas canções.”

“Experimentamos, se não daqui a uma semana não gostares, não faz mal”

Muito antes, pelas 12h30 desse mesmo dia já Cláudia Pascoal, os dois músicos com que se apresenta em palco — Diogo Alexandre na bateria e André Soares na guitarra — e a sua equipa técnica estavam na Sala 2 do Cinema São Jorge a preparar o concerto. Enquanto tratam de verificar as luzes, montar o palco e confirmar que nada iria falhar, Cláudia Pascoal vai mascando pastilhas. Aqui e ali, vai revelando o que parecem ser pequenos sinais de ansiedade, mas é possível que estejamos a tresler a linguagem corporal. O técnico de som, Rui Mira, vai preparando os testes. Sem nada para fazer entretanto, Cláudia dá um salto até ao backstage onde encontra André Soares sentado numa cadeira, com as pernas esticadas, a dedilhar a guitarra acústica. Também ele espera pelo momento em que o chamem ao palco para afinar o som.

“Toco com a Cláudia Pascoal desde que ela ainda não era a Cláudia Pascoal”, diz o guitarrista, aludindo à banda que tinham quando ambos viviam no Porto, os Morhua. “Quer dizer bacalhau em latim”, diz André. “Não é bacalhau em latim, mas sim o seu nome científico”, corrige Cláudia. São amigos, e, em conversa com o Observador, Pascoal não esconde a admiração que nutre pelos dois músicos que a acompanham.

“!”, o álbum de estreia, que teve a infelicidade de ser lançado “na semana em que a pandemia chegou a Portugal”, foi produzido por Tiago Bettencourt e gravado com cinco músicos. Mas ao vivo as canções são interpretadas em trio. Não que Pascoal tenha tido muitas oportunidades de o fazer, já que a pandemia lhe roubou a hipótese de levar o álbum em digressão pelo país. Porém, o verão de 2021 permitiu-lhe recuperar algum tempo perdido e de se desforrar um pouco. Deu 10 concertos desde 7 de agosto. Este, o seu primeiro num festival de música “clássico” como o Super Bock Em Stock, ocupa o 11.º lugar de uma lista que ainda vai demorar alguns meses até chegar ao 12.º. “Tinha vários concertos confirmados para dezembro e janeiro, mas já foi tudo cancelado com medo de uma nova vaga”, disse Cláudia nessa tarde de 20 de novembro, a mais de uma semana de os promotores verem os seus receios confirmados com a declaração do Estado de Calamidade.

O novo álbum está a ser produzido por David Fonseca. Terá menos instrumentos clássicos, mais sintetizadores e sons eletrónicos. E ao vivo Cláudia Pascoal vai passar a tocar em quinteto. “Eles [Tiago Bettencourt e David Fonseca, produtores do anterior e do próximo álbum] são muito parecidos e muito diferentes".

A setlist só seria colada ao chão do palco mais à noite, mas não custou adivinhar que o alinhamento seria dominado por “!”. “Seria estranho tocar canções que só vão sair daqui a 6 meses”, argumenta. “Prefiro aproveitar a oportunidade de mostrar o álbum que praticamente ainda não toquei por causa da pandemia.”

O novo álbum está a ser produzido por David Fonseca. Terá menos instrumentos clássicos, mais sintetizadores e sons eletrónicos. E ao vivo Cláudia Pascoal vai passar a tocar em quinteto. “Eles [Bettencourt e Fonseca] são muito parecidos e muito diferentes. Gostam muito de ir para o estudiozinho, que é uma sala simples, sem grandes coisas, apenas com um microfone e pouco mais, e ficarmos apenas a experimentar coisas. Ambos trabalham assim, dispondo diferentes instrumentos e alternativas e a dois vamos construindo a coisa em conjunto, vendo o que fica bem, tira e põe, tira e põe, fazendo 40 versões da mesma canção”, explica.

É na abordagem aos instrumentos que Cláudia nota a principal diferença no modo de trabalhar de Tiago Bettencourt e David Fonseca: “O Bettencourt tem muito apreço em utilizar instrumentos, digamos, canónicos (guitarras, baixos, teclados); enquanto o David gosta mais de explorar o que não é possível de utilizar ao vivo. Instrumentos que quase não o são. Nesse aspeto, ele é um pouco mais fora da caixa e eu gosto muito disso. Era exatamente o que eu queria propor para o meu segundo álbum. Quero ir para lados que não conheço muito bem.”

No que os aproxima, diz Cláudia, ambos gostam de “fazer maratonas em estúdio” até a música ficar pronta. “Estive em estúdio com o Bettencourt mais de meio ano só a experimentar sons. Com ele aprendi muito e aprendi a focar-me no que faz sentido, para criar trabalho que daqui a muitos anos ainda vou adorar”, explica, contrapondo com o produtor do seu novo álbum: “Enquanto o David diz antes ‘Olha, experimentamos, se daqui a uma semana não gostares, não faz mal”.

Reportagem nos bastidores e no concerto de Cláudia Pascoal, no Super Bock em Stock, no cinema São Jorge. Lisboa, 20 de Novembro de 2021. FILIPE AMORIM/OBSERVADOR Reportagem nos bastidores e no concerto de Cláudia Pascoal, no Super Bock em Stock, no cinema São Jorge. Lisboa, 20 de Novembro de 2021. FILIPE AMORIM/OBSERVADOR

São 21h. A equipa técnica está à volta do palco a certificar-se que tudo correrá bem. Cláudia já está maquilhada e com o cabelo às cores. André mudou de camisa. O Diogo, ninguém sabe onde está...

FILIPE AMORIM/OBSERVADOR

Problemas técnicos levam a adiar o tão necessário soundcheck para as 21h, que é a hora a que deveria acontecer o linecheck que, segundo é explicado, consiste num teste para confirmar que todos as configurações delineadas ao início da tarde continuariam em ordem. É que seria preciso libertar o palco para o concerto das 19h, da artista Lila, e voltar a montá-lo depois do jantar. A atuação de Cláudia Pascoal estava marcada para as 22h50.

Os problemas técnicos demoravam a ser resolvidos. O tempo passava e nem o soundcheck era feito, nem os músicos almoçavam. Só às 17h é que Cláudia Pascoal, que é vegetariana, teve aquela que seria a sua única refeição do dia (excluindo o pequeno-almoço, isto é). Depois de comer, seguiu para casa a fim de pintar o cabelo e maquilhar-se. Foi e veio (vive em Alcântara) de Uber. Não conduz carro, mota nem bicicleta. “Tudo o que seja transportes que eu tenha de conduzir, não aprecio.”

“Quando entrei no palco e vi a sala a abarrotar, foi um alívio”

São 21h. A equipa técnica está à volta do palco a certificar-se que tudo correrá bem. Cláudia já está maquilhada e com o cabelo às cores. André mudou de camisa enquanto o Diogo, bom, ninguém sabe do seu paradeiro até que entramos no camarim, ligámos as luzes e ei-lo a dormir numa cama improvisada de duas cadeiras. Também ele mudou de visual: vai tocar trajando calças de pijama, um roupão de cetim e barriga ao léu.

No palco sobressaem uma parede de televisores e plantas, muitas plantas. A cenografia é da autoria da própria. “Sempre quis ser acompanhada em palco com vídeos, não com um grande ecrã, mas com algo mais kitsch”, diz. “As árvores fui adquirindo com o tempo e os outros objetos foram surgindo. O rádio era da minha avó.”

Falta pouco para a abertura das portas e só agora estão a conseguir fazer o soundcheck. A equipa de Pascoal pede à organização do festival mais alguns minutos, mas a margem é curta. Cláudia está ainda em palco quando as portas abrem, mas de pronto recolhe ao backstage. Nem precisava, pois ninguém entrou. Faltam 20 minutos para o início do concerto. O trio tenta descontrair nos minutos que antecedem a subida ao palco. Ora conversam, ora estão agarrados aos telemóveis, ora na galhofa. Chegada a hora H, Cláudia junta os três para um abraço de grupo. Ouve-se um “o importante é competir”. E cumprem o “ritual do sorriso amarelo”, no qual sorriem de forma muito pouco natural para o espelho. Dura só alguns segundos, mas parece uma eternidade. “Está na hora, vamos a isto.”

A sala estava dividida em três secções. Na frente estavam os irredutíveis, os fãs e alguns amigos. No meio, os curiosos, os apreciadores e os fãs que preferem evitar a confusão das primeiras filas. Atrás, junto da porta, era a zona de transição dos que entravam, ficavam um pouco e ou saíam à procura de outro espectáculo ou então, gostando do que viam e ouviam, tentavam chegar-se mais à frente.

O concerto começa com “Mais fica para mim”. Segue-se a “Espalha Brasas”, que é acompanhada quase em uníssono pelo público que se juntou à frente do palco e que sabe a letra de cor. As duas canções aparecem na set list em itálico porque Cláudia se esqueceu de mudar a formatação do teclado.

Vai falando com o público. Pede à fila de trás para fazer barulho e brinca com o facto de a sala estar cheia. O alinhamento do concerto vai seguindo o do álbum quase à risca: “Ter e não ter”, “Já não somos animais”, “Viver” e “Espero por ti lá fora”. Só à oitava música surge algo novo. É “Fado Chiclete”, o single que lançou em novembro e cujo videoclipe produziu e realizou com o patrocínio de uma marca de telemóveis (foi um smartphone a câmara de filmar que Pascoal utilizou). Foi dos temas mais aplaudidos da noite.

“Por causa da quarentena reaproximei-me da área que estudei, que foi cinema. Tenho feito videoclipes desde então”, conta depois do concerto. “No videoclipe quis ter coreografia e bailarinas, o pacote completo. A ideia era brincar com uma cena à Britney Spears. Por isso fui falar com Cifrão, que se ofereceu para fazer a coreografia e o local para ensaiarmos. Foi um sonho trabalhar com ele.”

Entra de seguida uma versão de uma banda que teve algum tempo de antena há cerca de 10 anos e da qual nunca mais se soube nada, os Miúda, projeto de Mel e Pedro Puppe. Cláudia Pascoal cantou “Eu Jogo Ténis” como se a música fosse dela desde sempre.

Foi um dos pontos altos da noite. “Acho que há umas quantas canções no mundo que sinto que foram escritas por mim noutra vida. Sinto que me pertencem. Essa é uma dessas. É muito a minha energia, a minha alma. Gosto da forma muito simples, até parva e irónica, com que brinca com o ser sexy. É uma música que transmite isso e com o qual se pode brincar imenso.”

Reportagem nos bastidores e no concerto de Cláudia Pascoal, no Super Bock em Stock, no cinema São Jorge. Lisboa, 20 de Novembro de 2021. FILIPE AMORIM/OBSERVADOR Reportagem nos bastidores e no concerto de Cláudia Pascoal, no Super Bock em Stock, no cinema São Jorge. Lisboa, 20 de Novembro de 2021. FILIPE AMORIM/OBSERVADOR

Cláudia Pascoal vai falando com o público. Pede à fila de trás para fazer barulho e brinca com o facto de a sala estar cheia. O alinhamento do concerto vai seguindo o do álbum quase à risca

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“Eu Jogo Ténis” vai manter-se no repertório da banda, mas a ideia é começar a tocá-la com cinco elementos em palco. “Essa música vai transformar-se em algo incrível. É um bocado deslocada de tudo o resto e cria uma energia diferente a meio do concerto que é mesmo fundamental. Estou muito entusiasmada em fazer esse arranjo.”

“Admiro muito o projeto, identifiquei-me muito com ele. E quando descobri que o Tiago Bettencourt fez a produção desse álbum pensei ‘Pronto, é o destino [risos]’”. A cover serve então de tributo a um projeto que veio no tempo errado e que acabou demasiado cedo. “Era diferente p’ra caraças’. Não havia nada assim, não havia uma artista feminina a cantar e a compor música daquela maneira”.

Seguiu-se o grande tema do álbum de estreia, “Quase Dança”, que inclui elementos de folclore minhoto e que, por isso, motivou o seguinte comentário de cima do palco: “Sinto que atingi um objetivo de vida ao trazer rancho para o Super Bock Em Stock!”.

Depois do encore veio o momento romântico da noite, com o ukulele, o público sentado no chão e uma falha de memória. No final, “Música de um Acorde”, que, como o título sugere, é um tema de acorde único e a prova de que na pop a simplicidade vence sempre — e uma memória muito específica da sua passagem pelo programa de televisão “The Voice”.

“Num programa desses passas muitas horas com pessoas que não conheces de lado nenhum, e às vezes as conversas são insuficientes para uma pessoa estar relaxada. Então essa música muito parva foi criada com o intuito de pôr toda a gente a cantar. É uma canção de união para qualquer coisa. Se o pessoal estivesse nervoso ou não se sentisse bem, tudo ia ficar bem se cantasse essa canção. Foi numa fase da minha vida em que não fazia a mínima ideia do que queria fazer, mas logo então disse que se um dia fizesse um álbum, essa música teria de entrar. E assim foi.”

“Nunca fico muito nervosa antes de um concerto, mas neste específico estava um pouco ansiosa porque eu já fui a este festival como espectadora, e sei como é difícil escolher os locais dos concertos a frequentar, sei que é fácil pensar ‘no São Jorge? Lá para cima? Não vou subir a Avenida da Liberdade..."

A sala estava dividida em três secções. Na frente estavam os irredutíveis, os fãs e alguns amigos (teve direito a cinco convites por parte da organização, e usou-os). No meio, os curiosos, os apreciadores e os fãs que preferem evitar a confusão das primeiras filas. Atrás, junto da porta, era a zona de transição dos que entravam, ficavam um pouco e ou saíam à procura de outro espectáculo ou então, gostando do que viam e ouviam, tentavam chegar-se mais à frente. Havia sempre gente a entrar e a sair, mas a maioria ficava. O Super Bock Em Stock é, afinal, um festival com um itinerário por várias salas e espaços em Lisboa — algo de que Cláudia Pascoal estava a par, e que lhe causou alguma ansiedade durante o dia, como depois contou ao Observador.

“Nunca fico muito nervosa antes de um concerto, mas neste específico estava um pouco ansiosa porque eu já fui a este festival como espectadora, e sei como é difícil escolher os locais dos concertos a frequentar, sei que é fácil pensar ‘no São Jorge? Lá para cima? Não vou subir a Avenida da Liberdade…”. Por esse motivo, receava que ninguém a fosse ver. “Quando entrei no palco e vi a sala a abarrotar, foi um alívio.”

Foi um concerto “quentinho”, então. “Aquela piada que fiz quando pedi a toda a gente para se sentar, disse que isto parecia mesmo um ATL e que agora lhes ia contar uma história? A verdade é que essa sensação acompanhou-me no concerto todo. Estava a contar a minha história e o pessoal seguia-me com atenção. Foi aconchegante. Gostei muito. Foi um concerto especial.”

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