O reboliço das noites contrasta com a calmaria das manhãs no Teatro da Trindade, em Lisboa. No camarim, Soraia Tavares, 29 anos, sente-se em casa. “Fiz muitos espetáculos infantis, antes do Chicago. Conheço bem a equipa técnica. Dos teatros todos em Portugal é este que posso dizer que é uma segunda casa.”

Não é de estranhar que Chicago surja aos primeiros dedos de conversa. Afinal, foi o espetáculo que atirou a “pequena Soraia” (como é nas redes sociais conhecida) para o grande palco, depois de um processo digno de cinema: estava a fazer a audição para o ensemble quando Diogo Infante a notou e lhe perguntou se não queria fazer o casting para uma das protagonistas. Era 2019 e Soraia Tavares tinha o seu primeiro close-up, depois de anos de dobragens, novelas e concursos televisivos.

A história da atriz, nascida a 13 de junho de 1994, tem feito as delícias dos programas de daytime. O percurso de alguém que veio de um meio desfavorecido e venceu continua a ser motivo de inspiração. “Nunca tive a consciência de que era pobre”, contou no sofá de Júlia. “Morávamos em Queijas, num bairro de lata, e lembro-me quando mudámos para um bairro social, em que tínhamos quatro quartos, de achar que era rica”.

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