790kWh poupados com a
i

A opção Dark Mode permite-lhe poupar até 30% de bateria.

Reduza a sua pegada ecológica.
Saiba mais

Há já três inquéritos abertos contra a agente de viagens em Sintra, Setúbal e Porto
i

Há já três inquéritos abertos contra a agente de viagens em Sintra, Setúbal e Porto

Há já três inquéritos abertos contra a agente de viagens em Sintra, Setúbal e Porto

Fizeram queixa na polícia e contrataram detetives, mas ninguém sabe de Antonieta. Agente de viagens é suspeita de burla milionária

Gerente de agência de viagens era conhecida pelos melhores preços, mas desde finais de agosto está incontactável. É suspeita de uma alegada burla que pode ascender a meio milhão de euros.

As imagens nas redes sociais mostram-na sempre sorridente. Fotografada em vários países, mas também em eventos sociais na zona do Porto, Antonieta ficou conhecida no mundo virtual como a agente de viagens que realizava sonhos ao melhor preço. Quem lidou de perto com ela descreve-a mesmo como uma mulher simpática e cativante que depressa se transformava numa amiga. Era, aliás, esse o método infalível para conseguir que, entre desabafos sobre a sua vida pessoal, os clientes avançassem os valores a pagar pelas viagens muitos meses antes de estas acontecerem. Tudo parecia correr bem até final de agosto, quando Antonieta ficou completamente incontactável, depois de cerca de 200 clientes terem percebido que a viagem que pensavam que iam fazer nas férias nem sequer estava marcada. Antonieta terá recebido cerca de meio milhão de euros e agora ninguém sabe onde ela está.

Ainda estávamos em março quando Rute Águas a contactou. A irmã, que vive na Bélgica, já tinha feito várias viagens com Antonieta, dona da Cidadetur, com sede no Porto, e não havia ninguém que conseguisse bater os preços que oferecia.

Nos últimos dois anos, Rute e o marido privaram-se de fins de semana fora e gastos supérfluos para deixarem passar a pandemia e levarem os dois filhos a uma viagem pelos Açores. Antonieta sugeriu que os contactos fossem feitos por WhatsApp e assim foi sendo traçado o itinerário. Rute queria um hotel específico e imaginava uma surpresa para o 13.º aniversário do filho. O preço que lhe chegou do outro lado era abaixo do que imaginava, então acrescentou um outro destino: iriam também à Madeira.

Durante os meses seguintes foram acertando pormenores dos voos e da viagem, que se realizaria no final de agosto. Rute chegou a partilhar que o seu maior sonho era mesmo ir às Maldivas com a família. E Antonieta acabaria por abrir-lhe a porta à sua realização no início de agosto. Tinha uma promoção irrecusável, mas ela teria que decidir rapidamente, senão esgotava: a viagem às Maldivas para os quatro tinha passado de 16 mil euros para 5 mil. Rute aproveitou e marcou para a Páscoa de 2023. E, como tinha feito anteriormente, pagou na totalidade porque se assim fosse teria um desconto imediato de 10%. No total gastou todas as poupanças: 10.716 euros.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

“Eram poupanças. Foram anos sem fazer férias, a poupar, a não ir passear, a não ir a lado nenhum para juntar ao máximo. Os passaportes iam caducar, era para ser o ano bombástico porque os miúdos já teriam idade. Depois juntamos mais cinco anos para fazer uma extravagância do género”, pensou Rute, que recordou aqueles meses de antecipação da viagem numa conversa com o Observador por telefone.

Imagens de algumas mensagens trocadas entre Antonieta e uma lesada e de uma fatura que passou

Antonieta deixou de responder a dias da viagem. Nada estava marcado

Faltava uma semana para o dia 28 de agosto, data da partida para os Açores, e Antonieta ainda não tinha mandado um único documento da viagem. Rute ia lembrando a agente de viagens e ela ia respondendo que iria enviar. Mas nada. Até que no dia 23 Antonieta lhe telefonou a dizer que estava com dificuldades em conseguir reservar um carro nos Açores, porque a empresa com quem era frequente trabalhar tinha os carros todos avariados.

Na iminência de ficar sem carro e com a viagem a aproximar-se, Rute ainda se disponibilizou para ela própria tentar encontrar um. Agarrou-se ao telefone e conseguiu um por mais 40 euros do que já tinha pago a Antonieta cinco meses antes. “Comuniquei-lhe, dei-lhe os dados porque tinha que ser ela a pagar, ela disse que tratava. Mas nunca mais me atendeu o telefone”, recorda Rute.

“Eu comecei a achar estranho. A minha irmã já me tinha dito que ela era desorganizada, justificava que tinha uma empregada de baixa, outra de licença, e que não era fácil gerir”, aponta. Mas tudo acabava por acontecer. Rute decidiu então ligar para a SATA, “ao totoloto”. Disse ao operador que não tinha uma única informação sobre a sua alegada reserva.“Apenas que sabia que a viagem seria pelas 6h00. E o senhor disse-me que houve uma reserva sim, mas que não chegaram a emitir os bilhetes de avião por falta de pagamento.”

“Eram poupanças. Foram anos sem fazer férias, a poupar, a não ir passear, a não ir a lado nenhum para juntar ao máximo"
Rute Águas

Rute ligou de imediato para o hotel que tinha escolhido nos Açores e disseram-lhe que tinham recebido um e-mail da agência a cancelar a reserva. Fez o mesmo para a Madeira, aqui havia uma reserva feita por uma outra agência, mas não havia voo. Ligou depois para o hotel nas Maldivas e para a Emirates. Não havia nada em seu nome. A viagem às Maldivas que ela teve que pagar rapidamente também não estava sequer reservada.

“Isto mexeu muito comigo psicologicamente, foram muitos dias sem comer e sem dormir. Poupei uma vida para fazer umas férias com os meus filhos e fiquei sem dinheiro e sem férias”, conta. “Ela de burra não tem nada, ela é uma artista de primeira. Ela consegue uma carteira de clientes, consegue arranjar umas viagens baratas, estava tudo sedento de viagens com a Covid”, analisa agora Rute, que já apresentou queixa contra Antonieta e a Cidadetur na PSP de Massamá.

Farmacêutica perdeu mais de 4 mil euros na primeira viagem que fazia através de uma agência

Foi também por esta altura que Joana Lourenço, farmacêutica em Castelo Branco, se apercebeu de que também ela tinha sido vítima de uma possível burla. Uma semana antes, Antonieta tinha-lhe pedido que liquidasse a viagem às Maldivas que iria fazer em dezembro. Joana só tinha pagado 30% e até achava que só tinha que pagar o restante valor por altura da partida, mas, perante a abordagem da dona da Cidadetur, acabou por transferir o valor a 16 de agosto.

Dias depois, começou a ver nas redes sociais várias queixas contra Antonieta. Nesse dia, “vomitei tudo o que tinha comido”. “Andei não sei quantos dias sem dormir”, diz agora Joana, que ia ter a sua primeira experiência com uma agência de viagens, depois do período pós-pandémico. “Queríamos fazer uma viagem com regime de tudo incluído e com seguro”, explica. “E saiu tudo ao contrário. Foi um pesadelo. Pergunto-me todos os dias como fui tão burra.”

Joana, como tantos outros — há pelo menos cerca de 200 lesados —, encontrou Antonieta pelo Facebook quando decidiu ir às Maldivas. “Faço parte de alguns grupos de viagens no Facebook e vi várias publicações a recomendar os serviços dela.” Então fez o que normalmente faz quando quer contratar um serviço de uma empresa que não conhece. Pesquisou no Google, encontrou em vários grupos online testemunhos de pessoas que já tinham viajado com ela e foi ao Portal da Queixa. “Havia só duas queixas mas era em contexto de pandemia. Nada de anormal.”

Um dos destinos mais procurados e com preços mais competitivos era as Maldivas

Wikimedia Commons

Em junho, recebeu de Antonieta um orçamento de 4500 euros para ela e para o marido para a viagem às Maldivas. Se fossem por conta própria e sem seguro, pagariam mais 1500 euros. Era, de facto, imbatível. “Em julho, ela solicitou 30% da viagem e fizemos a transferência. Ela não nos mandou nada e também não pedimos”, constata.

Mas pouco depois apareceria o primeiro sinal de alerta. Havia uma publicação anónima no grupo do Facebook “Amantes das Maldivas” a levantar o véu para o que se estava a passar com a Cidadetur. Alguém tinha pagado uma viagem e tinha ficado em terra. “Eu perguntei-lhe [a Antonieta] o que se passava e ela disse que não sabia de nada. Pedimos o comprovativo do pagamento. Ela dizia que enviava e nunca enviava. Mas depois lá enviou ao meu marido.”

“Falei com várias pessoas e disseram que ela demorava muito a responder, que muitos só tinham recebido a documentação dois ou três dias antes da viagem, que era um sufoco, mas que depois corria tudo bem. Tranquilizaram-me”, recorda agora.

De facto, houve casos em que isso aconteceu. Pelo menos até meados deste ano, as viagens aconteciam, embora muitos dos lesados com quem o Observador falou tenham agora descoberto que essas viagens foram feitas sem seguro — como alguns terão apurado junto da seguradora. O método era semelhante ao das reservas dos voos e dos hotéis: Antonieta reservava os voos, tendo assim uma referência para enviar aos clientes, mas depois cancelava tudo.

"Queríamos fazer uma viagem com regime de tudo incluído e com seguro. E saiu tudo ao contrário. Foi um pesadelo. Pergunto-me todos os dias como fui tão burra”.
Joana Lourenço

Joana acredita que foi vítima de uma burla. Perdeu 4500 euros. Mas acredita também que foi motivada por muitas das mensagens que viu nos grupos de viagens publicadas por pessoas que agora percebe serem amigas de Antonieta, que nos seus perfis publicam também dezenas de viagens pelo mundo.”Eram os administradores dos grupos que a recomendavam e divulgavam pacotes dela. Promoviam as suas viagens. Agora não sei se era por amizade ou se tinham alguma retribuição em troca”, diz.

A rede de amigos que promovia publicações sobre viagens de sonho

Pedro Martins, um empresário de 42 anos de Rio de Mouro, Sintra, começou a denunciar o que poderia estar em causa logo em maio, em vários grupos online. “As amigas agora estão todas caladinhas. Se calhar porque acabaram as viagens”, acusa agora pelo telefone, em declarações ao Observador.

Nesse mês, Pedro tentou deixar o alerta para as suspeitas em relação a Antonieta nas redes, mas os seus comentários eram apagados ou nem chegavam a ser aprovados. E houve até um momento em que lhe disseram que devia ter cuidado, pois poderia ser alvo de um processo por difamação.

No seu caso, aproveitara uma promoção, em novembro de 2021, de 3750 euros para Zanzibar e tinha pagado o sinal — mas da fatura correspondente e das informações sobre a viagem, nem sinal. A um mês de embarcar, não tinha qualquer informação. Dias antes de partir com a família, Antonieta pediu-lhe mais cerca de 100 euros. E aí Pedro percebeu que afinal a viagem que sinalizara em novembro não estava reservada. Nem voo nem hotel.

“Pedi ao meu advogado para lhe escrever uma carta a pedir o cancelamento da viagem e a devolução do dinheiro. Nesse mesmo dia andou sempre a ligar-me a dizer que eu andava a desconfiar dela. Que ela era uma pessoa séria”, lembra.

Antonieta aceitou cancelar, mas não devolveu o dinheiro de imediato. Até ao dia em que Pedro lhe ligou em tom ameaçador e lhe disse que sabia onde morava e que ia apanhar um avião e ia bater-lhe à porta. “Transferiu logo o dinheiro.”

Antonieta já tinha tido outra agência e abriu falência. Houve lesados que contrataram um detetive

Antes, Pedro tinha descoberto que Antonieta já tinha tido uma outra agência de viagens — a Unique Dream Destinations — que declarara falência. Será que aquilo que estava a acontecer consigo naquele momento já se tinha passado anteriormente? “Isto foi uma pirâmide que rebentou”, analisa agora Pedro.

Com Antonieta incontactável e os casos a multiplicarem-se, depressa um grupo de lesados começou a comunicar nas redes e acabou por criar um grupo no WhatsApp em finais de agosto. Com as informações que iam partilhando, perceberam que Antonieta tinha estado num cruzeiro, mas que regressara já ao Porto. E houve mesmo quem dissesse ter contratado um detetive privado para a encontrar. Em casa não estava ninguém. Mais recentemente, foi visto o marido e a filha da agente de viagens, de 18 anos — mas de Antonieta nem sinal.

O Observador ligou para os dois números de telemóvel associados a Antonieta e ambos estavam desligados. Do outro lado do número fixo da Cidadetur, ninguém responde. O Observador contactou o marido de Antonieta — pelo menos, é essa a informação que consta no registo da Cidadetur. “Eu estou separado dessa senhora desde o início do ano e não tenho nada a ver com isso”, respondeu o empresário, que trabalha com equipamento informático.

Entre os mais de 100 lesados reunidos no grupo de WhatsApp está a advogada Marta Bessa Rodrigues, que se prontificou de imediato a representar quem o desejasse e apresentar uma queixa crime às autoridades.

Queixa crime feita no Porto tem mais de 40 lesados

Ao Observador, a advogada conta que conhecia Antonieta há cerca de três anos e que fez algumas viagens através da sua agência. Numa delas, a Formentera, chegou mesmo a cruzar-se com ela. A fotografia do encontro também está nas redes sociais.

Correu sempre tudo bem, segundo ela, até este ano de 2022 em que lhe comprou a viagem de lua de mel para Zanzibar. A partida estava prevista para 10 de setembro, com regresso a 23, mas uma semana e meia antes Marta Bessa Rodrigues apercebeu-se das queixas que estavam a ser feitas por outros clientes. Falando com o hotel, ficou a saber que o que pedira não estava reservado. “Troquei mensagens com ela e ela disse que iria resolver no dia seguinte. Mas não resolveu nada. Quando entrei em contacto com a Qatar Airways percebi que não tinha reserva nenhuma”, conta agora.

Por esta altura começaram também a chover queixas contra a Cidadetur no Portal da Queixa. Segundo os dados enviados ao Observador, entre 1 de janeiro de 2022 e 30 de setembro caíram neste portal 55 reclamações, a maior parte em agosto (24) e setembro (21). Nessas queixas, contam-se muitas histórias idênticas às de Rute, Joana, Pedro e Marta. Clientes que acreditavam ter encontrado uma oportunidade única de fazer a viagem com que há muito sonhavam e por um preço muito difícil de bater, mas que acabavam por deparar-se com um pesadelo, sem voos, sem hotéis e com largos milhares de euros a menos nas suas contas bancárias.

“Troquei mensagens com ela e ela disse que iria resolver no dia seguinte. Mas não resolveu nada. Quando entrei em contacto com a Qatar Airways percebi que não tinha reserva nenhuma”
Advogada Marta Bessa Rodrigues

Por indicação de  Marta, os lesados que estão no grupo apresentaram também queixa no Livro de Reclamações Digital. E 44 dos membros do grupo subscreveram a denúncia que Marta fez no Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) do Porto. “Enviei a queixa e recebi a confirmação a 5 de setembro. Alguns dos lesados tinham mais do que uma viagem marcada, por isso, o valor destes pode já ultrapassar os 100 mil euros”, diz.

“É muito difícil entender o que se está a passar, racionalmente coincide com o fim da pandemia e com o início de as pessoas começarem a querer viajar. Não sei se fez uma má gestão dos valores de que foi ressarcida na pandemia e agora começou a tapar buracos. Pedi levantamento do sigilo bancário para se perceber”, diz a advogada, que pagou a viagem (cerca de 5 mil euros) ainda em novembro de 2021.

Nos últimos meses, Antonieta não terá enganado apenas os clientes que procuravam viagens paradisíacas. O ‘passa palavra’, motivado pelos preços que oferecia, engrossou a sua carteira de clientes e Sílvia Gomes, presidente da Associação Pirilampo Sábio, em Casal de Cambra, acabou também por contactá-la para uma viagem de grupo, depois de algumas viagens pessoais.

Imagem de alguns emails trocados entre Antonieta e uma lesada

A ideia era levar, em julho, um grupo de jovens ao Festival del Sole, em Itália — o maior evento internacional de ginástica — sendo que alguns pais também queriam acompanhar os filhos. “Pedi-lhe que reservasse os voos pela TAP, por causa da carga e porque havia pais que queriam também reservar paralelamente”, conta ao Observador.

A viagem foi paga em novembro e, a pedido de Sílvia, Antonieta mandou-lhe a imagem de uma reserva na TAP, sem código de reserva, para 51 pessoas (entre crianças, pais e treinadores). “Uma semana antes do evento recebemos uma mensagem a dizer que aquele voo estava cancelado.”  Foi o pânico. O festival e o alojamento estavam pagos, as crianças tinham ensaiado afincadamente desde a pandemia para o evento e não havia qualquer viagem marcada.

Sílvia percebeu que o voo tinha sido cancelado por não ter passageiros suficientes, o que ela estranhou porque só no grupo de que fazia parte havia mais de 50 passageiros confirmados. Então, falou com uma das amigas de Antonieta, que às vezes colaborava com a agente de viagens e conseguiu marcar um voo a partir de Madrid. Mas, antes da viagem de avião, era preciso fazer a deslocação até à capital espanhola e precisavam de um autocarro. Por ser em cima da hora, tudo ficou mais caro. Dos 8 mil euros já pagos, o orçamento passou os 13 mil.

“A instituição pagou 2 mil euros e eu paguei 3150 do meu dinheiro particular, porque não podia tirar da associação para dar a alguns pais. Ela não me devolveu esse dinheiro, nem o do custo do autocarro”, acusa.

Entre os lesados, há quem tenha viagens de grupos que significam perdas de 17 mil euros e até quem tenha recomendado a Cidadetur a colegas de trabalho e aos empregadores. Os casos ultrapassam mesmo fronteiras, com vários emigrantes portugueses que recorreram aos seus serviços e que este ano acabaram por ficar sem férias e sem dinheiro.

“A instituição pagou 2 mil euros e eu paguei 3150 do meu dinheiro particular, porque não podia tirar da associação para dar a alguns pais. Ela não me devolveu esse dinheiro, nem o do custo do autocarro”.
Presidente da Associação Pirilampo Sábio, Sílvia Gomes

Há já três inquéritos abertos contra Antonieta em Sintra, Setúbal e Porto. E a lista poderá não ficar por aqui

Em resposta ao Observador, a Procuradoria-Geral da República esclarece que, neste momento, há três inquéritos abertos que visam Antonieta por suspeitas de burla: o do Porto, onde há mais de 40 lesados, um pelo Ministério Público de Sintra (depois da queixa de Rute) e um terceiro, cuja queixa foi apresentada em Setúbal. Joana, por exemplo, ainda não apresentou queixa porque a sua viagem seria só no final do ano e esse pode também ser um gatilho para o aparecimento de mais queixas de norte a sul do país.

A advogada Marta Bessa Rodrigues acredita que a única forma de ela e os restantes serem ressarcidos é através do Fundo de Garantia de Viagens e Turismo. Mas, para isso, “o mais sensato seria requerer a insolvência da senhora”, até porque o capital social da empresa é de 2500 euros. Um passo que se calhar será mais rápido de dar depois da mensagem publicada no site da Cidadetur, já neste primeiro fim de semana de outubro, e que informa que a empresa vai dar entrada com um processo de insolvência. Por outro lado, para serem ressarcidos destes valores, os lesados precisam de faturas.

Imagem do site Cidadtur dois meses depois de Antonieta ficar incontactável

Este processo a correr será paralelo aos processos crime entretanto abertos. “Criminalmente, espero que seja punida, mesmo que não receba o dinheiro. Mexeu com a vida de muita gente”, diz a advogada Marta Bessa Rodrigues.

Antonieta continua em parte incerta, apesar de continuar ativa nas redes sociais.

Assine por 19,74€

Não é só para chegar ao fim deste artigo:

  • Leitura sem limites, em qualquer dispositivo
  • Menos publicidade
  • Desconto na Academia Observador
  • Desconto na revista best-of
  • Newsletter exclusiva
  • Conversas com jornalistas exclusivas
  • Oferta de artigos
  • Participação nos comentários

Apoie agora o jornalismo independente

Ver planos

Oferta limitada

Apoio ao cliente | Já é assinante? Faça logout e inicie sessão na conta com a qual tem uma assinatura

Ofereça este artigo a um amigo

Enquanto assinante, tem para partilhar este mês.

A enviar artigo...

Artigo oferecido com sucesso

Ainda tem para partilhar este mês.

O seu amigo vai receber, nos próximos minutos, um e-mail com uma ligação para ler este artigo gratuitamente.

Ofereça artigos por mês ao ser assinante do Observador

Partilhe os seus artigos preferidos com os seus amigos.
Quem recebe só precisa de iniciar a sessão na conta Observador e poderá ler o artigo, mesmo que não seja assinante.

Este artigo foi-lhe oferecido pelo nosso assinante . Assine o Observador hoje, e tenha acesso ilimitado a todo o nosso conteúdo. Veja aqui as suas opções.

Atingiu o limite de artigos que pode oferecer

Já ofereceu artigos este mês.
A partir de 1 de poderá oferecer mais artigos aos seus amigos.

Aconteceu um erro

Por favor tente mais tarde.

Atenção

Para ler este artigo grátis, registe-se gratuitamente no Observador com o mesmo email com o qual recebeu esta oferta.

Caso já tenha uma conta, faça login aqui.

Assine por 19,74€

Apoie o jornalismo independente

Assinar agora