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Para vigiar o mergulho do Presidente da República, foi composta uma equipa que integrava membros do seu staff
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Para vigiar o mergulho do Presidente da República, foi composta uma equipa que integrava membros do seu staff

CBMDF

Para vigiar o mergulho do Presidente da República, foi composta uma equipa que integrava membros do seu staff

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Foi barrado à porta do Palácio da Alvorada e nadou no lago sem medo de jacarés: as aventuras de Marcelo no Brasil

Em Brasília para assistir à tomada de posse de Lula, Marcelo teve alguns momentos caricatos, entre os quais um mergulho no lago Paranoá e o facto de ter sido barrado à porta do Palácio da Alvorada.

Esta passagem de ano foi diferente para Marcelo Rebelo de Sousa. O Presidente da República teve de cancelar o mergulho de mar que costumava dar às primeiras horas do dia 1 de janeiro, já que estava em Brasília, uma cidade sem costa marítima, para assistir à tomada de posse de Lula da Silva. Ainda assim, o chefe de Estado arranjou uma alternativa e antecipou a tradição — mergulhou nas águas do Lago Paranoá no dia 31 de dezembro. A passagem pelo Brasil de Marcelo teve ainda um outro momento caricato, foi barrado à porta da residência oficial da presidência brasileira, o Palácio da Alvorada.

Marcelo viajou para Brasília dia 30. À chegada ao hotel onde ficou hospedado, o Presidente da República confessou que no Brasil respira “sempre um ar familiar” e apressou-se a revelar alguns pontos da agenda aos jornalistas, revelando que tinha marcado um jantar no final de dia 31 com representantes de países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e também um almoço com o rei espanhol no dia 1. Para além disso, o chefe de Estado anunciava que Lula da Silva estaria em Portugal em abril do próximo ano, destacando que as relações entre as duas presidências “estavam a começar muito bem”.

A agenda de Marcelo da manhã do dia 31 não foi tornada pública. Aos jornalistas, o Presidente da República apenas reagiu à notícia da morte de Bento XVI. No entanto, a meio da tarde, o jornal Metrópoles dava conta de que o Presidente da República tinha nadado no Lago Paranoá, na orla do Brasília Palace Hotel, sob a supervisão de uma equipa do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF). À CNN Brasil, as autoridades detalhavam que foram acionadas para “supervisionar e auxiliar na segurança” do chefe de Estado, acompanhando-o num “momento de lazer”.

Para vigiar o mergulho do Presidente da República, foi chamada uma equipa que integrava membros do seu staff, agentes da Polícia Federal do Brasil, militares e mergulhadores. Os vídeos e as fotografias do momento, que se multiplicaram nas redes sociais, mostram que Marcelo foi sempre acompanhado de perto por um mergulhador e também por um barco de borracha onde seguiam os restantes elementos.

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Embora Marcelo seja um nadador experiente, as autoridades recomendam o maior cuidado ao entrar nas águas do Lago Paranoá. O tenente do corpo de bombeiros, Ramon Lauton, explicou à agência Brasília que o corpo de água possui “profundidades diferentes” e “não possui bordas em que a pessoa se possa segurar”. Além disso, na semana passada, foi encontrado um jacaré perto do lago, que surpreendeu os brasilienses.

Após ser barrado à entrada do Palácio de Alvorada, Marcelo decidiu tirar selfies

Recuando a dia 30, e depois de ter chegado a Brasília, Marcelo Rebelo de Sousa decidiu ir dar um passeio pela capital brasileira por volta das 19 horas locais (mais três horas em Lisboa). E tinha um destino em mente: os jardins do Palácio da Alvorada. No entanto, os planos não correram bem e o chefe de Estado acabou por ser barrado à entrada da residência oficial do Presidente brasileiro (que, na altura, estava vazio, uma vez que Jair Bolsonaro tinha viajado para os Estados Unidos nesse mesmo dia).

Como detalha o portal Uol, um assessor de Marcelo Rebelo de Sousa perguntou ao segurança que vigiava o Palácio de Alvorada se o Presidente da República poderia entrar. Após ter falado com as chefias, o responsável pela residência oficial disse timidamente que não, ao que o assessor ainda insistiu: “Disse que era o Presidente de Portugal?”. Em resposta, o segurança respondeu que sim e sublinhou que as ordens tinham vindo pelo órgão máximo da assistência à presidência, o Gabinete de Segurança Institucional, e este havia determinado não podia deixar entrar o chefe de Estado.

Segundo a imprensa daquele país, a situação ainda se tornou mais constrangedora, porque havia turistas por perto. E Marcelo Rebelo de Sousa ainda se aproximou do segurança e ouviu a conversa do assessor. Porém, nada feito e o Presidente da República acabou por não ser autorizado. Pouco depois, quando questionado pelos jornalistas, o chefe de Estado desvalorizou o sucedido, sinalizando que se tratavam de “medidas de segurança para todos” e que a visita não estava programada: “O Presidente de Portugal tem que ser igual aos outros”.

Houve quem relacionasse este episódio com Jair Bolsonaro e a sua gestão da política externa, mais concretamente com a sua relação fria com o chefe de Estado português. O deputado do PSOL, Ivan Valente, disse ter sido a “última vergonha” do ex-Presidente brasileiro. “Na tarde de ontem, o Presidente de Portugal tentou caminhar nos jardins do Palácio da Alvorada e foi barrado, para espanto da sua assessoria e apoiadores de Lula, que lá estavam. Feio”, escreveu na sua conta pessoal do Twitter.

Apesar da ‘nega’ da segurança, Marcelo Rebelo de Sousa manteve-se indiferente ao sucedido e permaneceu nas imediações do Palácio da Alvorada por mais uns minutos — e até tirou selfies com os turistas que passavam pelo local.

Os restantes eventos de Marcelo que passaram ao lado das câmaras

Na noite do dia 31, Marcelo Rebelo de Sousa foi jantar com representantes da CPLP. Na manhã do dia seguinte, o Presidente da República reuniu-se com o rei espanhol, D. Felipe VI, num hotel em Brasília. Os dois líderes passearam junto ao Lago Paranoá (desta vez, sem mergulhos) e depois almoçaram. O encontro durou duas horas e depois seguiram para a tomada de posse de Lula da Silva.

Durante a tomada de posse, a presença de Marcelo no Brasil foi destacada pela administração de Lula da Silva e até pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. Logo após a cerimónia de tomada de posse, a comitiva portuguesa, de que também fazia parte o ministro dos Negócios Estrangeiros João Gomes Cravinho, foi a primeira a cumprimentar o novo Presidente. E, ainda durante a sessão solene, o presidente do Senado chegou mesmo a agradecer em particular a presença do Presidente da República de Portugal, que representa a “pátria-mãe”: “Muito nos honra”.

Já no dia 2, o último no Brasil, o Presidente da República teve um encontro de 30 minutos com o seu homólogo brasileiro. Aos jornalistas, em jeito de resumo, Marcelo Rebelo de Sousa sintetizou que a visita deu-lhe a “possibilidade de abraçar o Presidente brasileiro” e igualmente de marcar a próxima vez em que o poderá “abraçar”, desta vez em Portugal. Em termos diplomáticos, o chefe de Estado realçou ainda que há “muita coisa nova no relacionamento entre Portugal e Brasil”, este último que, defende, agora assume um posicionamento “multilateral, na cena internacional”.

Do lado de Lula, os elogios são recíprocos. Na sua conta pessoal do Twitter, o Presidente brasileiro chamou a Marcelo Rebelo de Sousa “amigo”. É certamente um prenúncio de que os encontros entre os dois serão frequentes nos próximos anos — quer seja em Lisboa ou Brasília.

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