Segundo jogo, segunda vitória. Portugal melhorou com a mudança tática para 4-3-3: pressionou alto, trocou bem a bola, criou mais perigo. Martinez ganhou uma ala direita, mas a tranquilidade absoluta só veio com dois erros turcos.


7 PONTOS: Diz-se que os grandes guarda-redes são os que, perante pouco volume de trabalho, são decisivos quando têm de atuar. O dito aplica-se a Diogo Costa: depois de uma primeira parte de escassas ameaças, fez uma grande defesa a evitar o golo turco, aos 30 minutos, após uma incursão adversário pela direita portuguesa. O restante trabalho foi corriqueiro e resolvido sem suar. 7


7 PONTOS: Depois de uma entrada difícil, porque a Turquia fez do seu corredor o alvo principal, apanhando-o fora de posição, foi tentando subir pela linha e por dentro – e foi por dentro que recebeu o passe de Rafael Leão e cruzou para o golo de Bernardo, aos 20 minutos.


8 PONTOS: Com Nuno Mendes inicialmente atarantado com os ataques da Turquia por essa ala, Pepe dedicou-se a dobras sucessivas e atempadas, mas as suas obras-primas surgiram com dois enormes cortes, o primeiro aos 20 minutos, depois de a Turquia ter construído desde trás, e o segundo, aos 37, na sequência de um cruzamento vindo da direita. Saiu para as palmas (e para dar descanso às pernas).

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7 PONTOS: O grau de perigo criado pela Turquia pelo seu lado nunca atingiu o vermelho, mas Dias não facilitou: dobrou, limpou e antecipou o que foi surgindo e, com a bola no pé, iniciou alguns ataques. Certinho e regular.


7 PONTOS: Aos 5 minutos respirou de alívio quando um adversário não conseguiu finalizar um cruzamento que caiu no seu lado. Foi subindo no campo, ora pelo meio ora pela direita, combinou muito bem com Bernardo e brilhou de forma inusitada aos 28 minutos quando, em vez de colocar em Ronaldo, optou pelo passe para um central turco, que fez auto-golo. Uma boa exibição, mas a melhor notícia foi a excelente relação com Bernardo.


6 PONTOS: É um destruidor nato, mas não teve assim tanto para destruir, porque a Turquia não jogou muito pelo meio. Talvez com saudades de uma boa querela, deu uma sarrafada num adversário num lance anódino, viu amarelo e foi substituído ao intervalo.


7 PONTOS: Domina a arte da omnipresença e faz sempre tudo bem, seja a cortar, a abrir linhas de passe para os colegas, a receber ou a passar. Mais do que um criador, desta feita agiu como um equilibrador, iniciando ataques, compensando maus posicionamentos, circulando a bola com facilidade.


6 PONTOS: Está sempre disponível para receber no pé e partir no 1 contra 1, seja em finta ou em velocidade – o seu problema é decidir: decidir quando fintar, quando passar, quando cruzar. Decidiu muitas vezes mal mas quando acertou – aos 20 minutos, no passe para Nuno Mendes, que surgia no corredor interior – valeu três pontos. Depois viu novo amarelo por simulação e foi substituído. Onde poderá chegar, com mais maturidade?


6 PONTOS: Bernardo não é explosivo, Ronaldo já não tem a velocidade de outrora e Leão gosta da bola no pé – tudo isto é um problema para Bruno, que gosta de lançar motas, aprecia o jogo mais partido, para que possa colocar passes de rutura e rematar à entrada da área. Tentou tudo isso, mas nada lhe saiu particularmente bem – até que finalmente, aos 55 minutos, se desmarcou no tempo certo para receber a assistência de Ronaldo e marcar.


8 PONTOS: Talvez por ter Cancelo do seu lado, foi-lhe mais fácil encetar as combinações e tabelas a que está habituado no City. Surgiu bem na área para fuzilar, aos 20 minutos, construiu da direita para o meio, criando uma oportunidade para CR7 rematar, aos 36, e sacou um excelente cruzamento para Ronaldo falhar, aos 65, entre muitos outros lances em que exibiu o seu toque aprimorado e a sua elegância na tabela e de movimentação.


6 PONTOS: Escorregou no lance do primeiro golo, falhou de cabeça com a baliza à disposição (aos 7 e aos 65 minutos), tentou cair nas alas para tabelar e cruzar, parece ter confundido Cancelo com as suas indicações no lance que resultou no 2.º golo – até que aos 55 minutos se desmarcou na perfeição e assistiu Bruno Fernandes. A bem da verdade, a desmarcação só é perfeita porque o central turco se deixou ficar para trás. Mas com o mal turco pode Ronaldo bem: com o passe para Bruno, CR7 passou a ser o jogador com mais assistências em Europeus (7).


7 PONTOS: Usou o seu bom posicionamento para assegurar que por ali não surgia nenhuma surpresa desagradável para a defesa portuguesa, falhou um par de passes e uma meia-distância, mas compensou tudo com aquela bola perfeita, para a desmarcação de Ronaldo, que deu no 3.º golo.


5 PONTOS: Não surgiu com aquela eletricidade esfuziante que exibiu contra a Chéquia, também porque as circunstâncias eram diferentes – este jogo estava ganho, tratava-se de dar minutos a quem vinha do banco. Ainda assim, tentou partir no 1 para 1 e sacou um bom cruzamento, aos 50 minutos.


5 PONTOS: Entrou numa fase em que a Turquia já estava desmotivada e em que criou pouco pelo seu lado. Dificilmente terá suado a camisola.


6 PONTOS: Entrou aos 88 minutos e 60 segundos depois roubou uma bola e foi por ali fora, em tabelas, até à área adversária, num lance que parecia de futsal e que merecia ter acabado em golo. Um grande jogador precisa de pouco tempo para mostrar valor.


5 PONTOS: A sua estreia neste Europeu serviu para dar minutos de descanso a Pepe e uma salva de palmas ao decano da seleção.