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Estava todo lançado para escrever banalidades sobre “ir a banhos”, já que estamos na época do ano mais propícia à dita atividade, mas acabei a refletir sobre um facto simples: ninguém diz “ir a banhos”. Ninguém escreve no grupo de whatsapp “malta, amanhã vai estar calor, alguém quer ir a banhos?”; nunca soube da existência de alguém que tenha recusado um convite, para um almoço ou para um batizado, com a formulação “desculpem, não contem comigo, vou a banhos”. |
Então, por que raio (outra expressão engraçada, agora que penso nisso) é que chega agosto e sucedem-se os títulos que dizem que aquele casal guloso daqueloutro reality show foi apanhado precisamente quando “foi a banhos”? Porque é que os reis, as rainhas, as princesas e os duques mais os primos e os amigos (se os houver) e os canitos são sempre fotografados em poses de extrema felicidade quando “vão a banhos”? |
Aliás, é curioso como muitas vezes os títulos com a expressão “foram a banhos” mostram pessoas vestidas para jantar — corrijo, para deslumbrar, que desnorte o meu — e não para entrar no mar ou na piscina. E nunca ninguém “vai a banhos” numa praia fluvial, outra questão que merece ser pensada. |
Conclui-se, portanto, que “ir a banhos” é um filosofia de vida, é um modo de estar, é uma escolha, é uma bênção que agracia poucos mas bons. É aquilo que faz a elite do verão. Ou então é uma ambição, é um sonho inatingível, o shangri-la balnear, que fica bem num título porque é aspiracional e nós vamos e clicamos no artigo, para que uma parte de nós também “vá a banhos”, já que na vida real só vamos à praia, quando o que queríamos mesmo era ter um amigo com piscina. |
Enfim, talvez um dia acabemos todos como diz o quase octogenário filho de Barrô, Nel Monteiro: “Banhar-nos à praia”, cantou ele pela primeira vez há 40 anos. Se ainda assim não o fizermos e continuarmos a “ir a banhos”, pelo menos nunca esqueçamos a canção. |
Até à próxima. |
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Para fazer
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Chefs
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Depois dos pop-ups em Santarém e Aveiro, o Chefs on Fire está de volta ao local do costume. Em setembro, Estoril recebe 30 chefs, ao longo de três dias, para cozinharem apenas com fogo, e fumo.
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Festivais de Música
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Com o mote "Viver a Diversidade" nos 50 anos do 25 de Abril, o festival regressa à aldeia de Cem Soldos, Tomar, entre quinta e domingo, com um largo renovado, "novos desafios" e mais de 50 concertos.
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Séries
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Começou como série de culto, promessa. Soube crescer e afirmar-se e agora quer pontapear a concorrência, com toda a legitimidade. Os novos episódios estreiam-se na segunda-feira, dia 12, na Max.
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Cinema
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O filme francês "A Ilha Vermelha", o senegalês "Banel & Adama", e a ficção científica "Borderlands", de Eli Roth, com Cate Blanchett, são as escolhas de Eurico de Barros esta semana.
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Para comprar
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Para saber
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Nostalgia
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Figuras bem conhecidas mostram em 50 imagens como se enfrentava o calor com uns salpicos de água do mar ou da piscina em épocas passadas. A preto e branco ou a cores, não falta brilho e nostalgia.
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Casas Reais
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Os reis de Espanha, a princesa Leonor e a infanta Sofia já começaram as férias em Palma de Maiorca e na noite de domingo foram fotografados à chegada ao restaurante Mia, porto de Portitxol.
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Paris 2024
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Membros de diferentes casa reais estão em Paris como entusiasmados adeptos que vestem as cores da equipa, aplaudem e falam com os atletas. Estão a viver os Jogos Olímpicos e mostram nas redes sociais.
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Passeio das Virtudes
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Atravessámos o areal, chegámos à terceira praia e esperávamos mais: mais leituras e mais em português. Apesar disso, encontrámos compromisso e arrojo físico no exercício literário balnear.
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Para ler
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Museus
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Após quatro anos em obras, reabre a 21 de setembro. Vai mostrar a Coleção, mas também Leonor Antunes. Exibe um outro jardim, nova entrada e uma outra arquitetura. Qual o lugar do CAM, antes e agora?
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Cinema
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Primeira longa-metragem da franco-senegalesa Ramata-Toulaye Sy chega a Portugal depois de ter estado na competição oficial de Cannes 2023. Foi no festival que estivemos à conversa com a realizadora.
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Livros
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"Poemas Reunidos" é o novo livro que cumpre a função anunciada e celebra 25 anos de obra publicada. Em entrevista, Pedro Mexia é o poeta que mostra como tudo o resto, por mais popular, é secundário.
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Cinema
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Bruscamente este verão, um documentário sobre a última diva da era de ouro de Hollywood e a primeira celebridade ao gosto contemporâneo. “Elizabeth Taylor: The Lost Tapes” puxa atrás a fita, na Max.
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Um objeto
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