Foi a pensar em desafios globais, cujos desfechos ditarão, em grande parte, o futuro da Humanidade, que a ONU – Organização das Nações Unidas, com os líderes de 193 países presentes, lançou, em setembro de 2015, em Nova Iorque, a Agenda 2030 e os 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), decompostos em 169 metas, que vão do combate à pobreza ao desenvolvimento económico, social e ambiental, à escala global.

Uma das ideias avançadas para a sua concretização foi a das parcerias com o mundo empresarial, que deverá permitir criar soluções de negócio para problemas locais e globais, identificados ou por identificar, que vamos ter de saber resolver.

Em Portugal, esta Agenda foi abraçada pela Aliança ODS Portugal, uma originalidade portuguesa no quadro mundial, por iniciativa da rede nacional do UN Global Compact – a entidade da ONU com mandato da Assembleia Geral para promover o envolvimento das empresas nos objetivos das Nações Unidas, nomeadamente da Agenda 2030, a partir do conjunto dos Dez Princípios estabelecidos no tempo de Kofi Annan.

Em 20 de Janeiro de 2016, foi, então, criada a Aliança ODS Portugal.

O seu propósito primeiro foi, é, o de dar corpo ao Objetivo 17 dos ODS, que sugere a criação de parcerias para a implementação do conjunto de todos os ODS. A sua Missão é a de sensibilizar, informar, concretizar, monitorizar e avaliar a contribuição do Setor Empresarial para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável no plano nacional. Como? Reforçando a parceria global para o desenvolvimento sustentável, complementada por parcerias multissetoriais (públicas, público-privadas e com a sociedade civil), que mobilizem e partilhem conhecimento, perícia, tecnologia e recursos financeiros.

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Prosseguindo o seu caminho, a Aliança ODS Portugal, que já integra 125 entidades, tem estimulado a cooperação e convergência entre os seus membros para ações concretas e tem conferido uma grande ênfase à difusão e conhecimento da Agenda 2030 e dos ODS. Com uma lógica de funcionamento muito simples e leve, o seu modelo de governação assenta num exercício de mobilização de boas vontades, apelando-se à flexibilidade e agilidade permitidas pelas novas tecnologias para se alcançarem os objectivos pretendidos.

Sendo as empresas protagonistas da Aliança ODS Portugal, a confederação que representa os sectores mais dinâmicos da economia nacional só podia ter dito presente à sua criação. E foi assim que a CSP – Confederação dos Serviços de Portugal, que sente as empresas privadas como essenciais à sustentabilidade e as vê na vanguarda das soluções para os problemas que a Humanidade enfrentará no futuro, se tornou, sem surpresa, co-fundadora da Aliança ODS Portugal.

É com a Terra protegida que queremos contar e é pela prosperidade da Humanidade que queremos continuar a trabalhar. E é por isso que os 17 ODS, fazendo já parte de algumas, têm de passar a estar no centro da agenda de todas empresas, associações e confederações empresariais.

Sendo a União Europeia o único grande poder político mundial que assume confortavelmente a Agenda 2030 e todos os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e sendo o nosso país um seu estado-membro, pode, então, Portugal assumir um papel de destaque na defesa e promoção dos ODS, sucessores dos Objetivos de Desenvolvimento do Milénio e uma bússola para estados e líderes mundiais poderem definir prioridades e metas globais que evitem ou, pelo menos, reduzam, os riscos que o planeta e a Humanidade hoje enfrentam.