Daqui a um mês, mais coisa menos coisa, teremos cá em casa duas ou três jovens que não sei quem são. Mas sei que vêm ao encontro. De si próprios, de um Homem que chama todos, de um caminho que alguns ainda não sabem bem ainda por onde é, de um momento único de união. E literalmente do mundo todo.

Quis João Paulo I que as criou, e depois Bento XVI e evidentemente agora Francisco que elas fossem para todos: aos crentes certamente como forma de aprofundamento e vivência de fé, mas também a quem não crê mas acredita que, conhecendo, seja possível criar laços que mudam vidas e sociedades. Em alegria e independentemente das suas opções ou origens. Tinham que ser também por isso em Lisboa estas primeiras Jornadas depois de um tempo de trevas: na cidade e perto do rio das descobertas, a descoberta de um tempo novo e de uma espiritualidade atenta, convicta, que tem em conta o respeito pelo outro na diferença de cada um, de uma diversidade que fascina e que impulsiona os novos mundos que queremos que estes milhares e milhares de jovens acreditem possam acontecer. E em que a pegada de cada um será também ecológica, na lógica de preservação ambiental de que o Papa tem sido um dos principais defensores. A ecologia humana integral expressa na Laudato Si ecologia para envolver tanto questões ambientais como o homem na sua totalidade. O jardim que não podemos deixar aos nossos filhos como deserto. Na natureza e nas ideias.

Choca também por isso que forças politicas tentem disseminar medo e desconfiança sobre quem vem. Portugal (e Lisboa) não são assim. E a resposta virá depois da experiência única dessa primeira semana de Agosto. A da confiança.

Como tão bem disse Carlos Moedas, Lisboa é a cidade aberta. Ao outro, à diversidade, ao futuro, ao incrível mundo que ai vem. Foi sempre assim, é essa a marca única desta cidade. Um dos grandes desafios é o de tornar estas jornadas as mais universais de todas. Há muitos séculos que fazemos isso, o nosso saber fazer. A plataforma de ligação entre continentes e culturas. De Lisboa para o Mundo, juventude, transformação, esperança, causas, algumas bem terrenas, sonhos e convicções.

E como disse o Papa Francisco “trabalhar juntos, criar o futuro que desejamos: um mundo mais inclusivo, fraterno, pacífico e sustentável”

Vamos a isto.

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