A esquerda portuguesa distorce e demoniza repetidamente as ideias liberais. Ao longo do tempo, testemunhamos a propagação de uma narrativa que retrata os defensores do liberalismo como promotores de uma utopia perigosa — a de um país onde o Estado seria abolido, dando lugar a um cenário anárquico em Portugal. Nada poderia ser mais falso.

Pelo contrário, os liberais posicionam o indivíduo no centro das decisões, com um Estado ágil e centrado nas reais necessidades das pessoas. Capacitado para intervir nos momentos mais delicados e, ao mesmo tempo, apto a retirar-se quando a sua presença passe a ser prejudicial. Nós, os liberais, afirmamos que sim, é possível sermos ambiciosos e vivermos num país onde podemos ser o que quisermos sem estar constantemente a pedir permissão ao Pai-Estado.

Defendemos a autonomia para sermos os verdadeiros arquitetos das nossas vidas e, crucialmente, para alcançarmos o sucesso por mérito próprio. Esta perspetiva liberal amedronta profundamente a esquerda socialista e radical, que nos vê como indivíduos incapazes, sem agência, acreditando que só ao dependermos deles é que conseguiremos ser alguém.

Foram os primeiros, claro, a propagandear uma ideia apocalítica da Iniciativa Liberal. Ideias liberais? Só nos países mais ricos. Aqui em Portugal? Nem pensar, aqui mandamos nós.

Imaginem comigo vivermos num país em que todas as profissões, desde cozinheiros, artistas, empresários até as forças policiais, são devidamente remuneradas, onde o trabalho é recompensado sem que o Estado absorva o nosso esforço e dedicação. Visualizem um país onde os nossos avós não têm de se levantar às 4 da manhã para agendar a primeira consulta, estando seguros num Serviço Nacional de Saúde que os protege e apoia, tendo uma ampla rede de tratamentos que abrange tanto o setor público como o privado.

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Imaginem um Natal com a nossa família em que o tema central não seja para onde vamos emigrar no próximo ano ou a degradação completa dos nossos serviços e instituições. Pensem como seria a satisfação de chegar ao final do mês com alegria, sabendo que vivemos plenamente e conseguimos poupar para adquirir a nossa primeira casa ou cumprir com as nossas responsabilidades financeiras. Pensem num país onde, com esforço e dedicação, independentemente do estrato social em que nasceu, é possível vencer porque o elevador social funciona.

Este é o país que a Iniciativa Liberal quer construir e defende todos os dias. Aqueles que procuram destruir este sonho fazem-no porque compreendem o perigo que representa para os seus interesses alguém ousar sequer imaginar viver num país verdadeiramente liberal. O perigo que representa para os seus interesses alguém em Portugal não viver dependente do Estado. O perigo que representa para os seus interesses alguém em Portugal ter a capacidade de subir na vida pelo seu trabalho. A nossa missão é desafiar a narrativa vigente, mostrando que é possível transformar Portugal num lugar onde a liberdade, o mérito e a prosperidade não são privilégios exclusivos de quem tem um cartão de um partido, mas sim direitos de todos.

Queremos um país melhor. Um país que funcione e a crescer.