O Governo tem de reduzir a despesa, mesmo que para isso tenha de aplicar novas medidas, defende a presidente do Conselho das Finanças Públicas, que vê ainda muita margem para reduzir a despesa do Estado, ao contrário de ganhos do lado da receita. “Com ou sem Tribunal Constitucional, a despesa não conseguiu reduzir-se na medida em que era suposto”, lembrou Teodora Cardoso, nesta quinta-feira, durante a audição no Parlamento do Conselho das Finanças Públicas a propósito do parecer sobre o Orçamento do Estado para 2015.

Para a responsável, “é preciso ultrapassar esse obstáculo de alguma maneira”, mesmo que isso implique “novas medidas”, afirmando que, na sua opinião, há ainda grande margem para reduzir a despesa. “A margem do lado da receita se ainda não chegou, está a chegar perto do fim. Enquanto do lado da despesa ainda há muita margem”, disse no Parlamento.

Teodora Cardoso reforçou, ainda, o que o parecer da entidade, conhecido esta quarta-feira, já dizia: o orçamento tem muitos riscos, todos no mesmo sentido, e pouca folga. “Os riscos vão todos na mesma direção, (…) e não há compensação com medidas que possam dizer que há uma folga, o que significa que temos de ter particular atenção à execução orçamental”, acrescentou.

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