Durante mais de dez anos, Paul Koudounaris, historiador e fotógrafo, percorreu o mundo em busca da morte. E encontrou-a, presente no dia-a-dia de centenas de pessoas no mundo inteiro. As fotografias que tirou surgem agora reunidas num só volume. Memento Mori é mais do que uma celebração do macabro — é a prova de que os “mortos continuam a estar presentes” entre os vivos.

Memento Mori é o fechar de um ciclo que começou com a publicação de Empire of Death, em 2011. A esse livro, sobre capelas dos ossos e ossários, seguiu-se Heavenly Bodies, em 2013, dedicado aos mártires das catacumbas romanas.

Pelo caminho, Koudounaris visitou mais de 250 países. Na Bolívia, assistiu às celebrações do festival dos “pequeninos de nariz arrebitado”, onde são oferecidos cigarros a esqueletos decorados com flores. Na Indonésia, viu famílias a vestirem múmias, na Alemanha descobriu os esqueletos decorados e em Portugal visitou as capelas dos ossos que enchem o sul do país. E em todos, descobriu algo em comum — a presença dos mortos no dia-a-dia das populações.

Memento Mori, que Koudounaris afirma ser o último livro sobre ossos, será publicado no próximo mês de abril pela editora Thames & Hudson.

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