O The Guardian quis pôr no mapa os parques nacionais que, sendo desconhecidos da maioria dos turistas, cortam a respiração a quem por lá passa. Um deles é português: trata-se do Parque Nacional da Peneda-Gerês. Quer descobri-los um a um?

Gran Paradiso, Italy

Está numa das áreas protegidas mais antigas dos Alpes, mas os lagos e montanhas exóticos deste parque nacional continua perdido por entre os destinos italianos mais famosos. O Gran Paradiso oferece paisagens e atividades para qualquer altura do ano: no verão, pode explorar as montanhas, enquanto o inverno traz a neve e os seus desportos mais radicais. Entre os vales de Orco, Soana e Cogne pode também encontrar casas esculpidas em pedra. Para os que gostam de campismo, o parque italiano tem uma boa oferta hoteleira e serviços de guia.

Triglav, Eslovénia

É o único parque natural do país e fica num canto a noroeste do país. A tranquilidade é o seu grande segredo, tranquilidade essa que aumenta à medida nos embrenhamos nos percursos. E, uma vez no centro, é num ambiente natalício permanente que Triglav abre as portas das suas peculiares casas de madeira. Mas pode também aventurar-se através de caminhadas, passeios de bicicleta ou de canoa ou simplesmente chapinhar na água transparente.

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Oulanka, Finlândia

A Lapônia não é só a cidade do Pai Natal. Na fronteira entre a Finlândia e a Rússia, há um parque de cortar a respiração. O parque nacional de Oulanka detém o mais apreciado circuito de ciclismo do país: são 80 quilómetros que podem levar até uma semana para completar, entre as florestas e ao longo dos rios. À noite, é possível descansar gratuitamente nas cabanas de madeira. Mas pode-se sempre largar a bicicleta e optar pela canoagem ou passear ao longo dos caminhos construídos em paralelo com o rio. Um ambiente entre plantas raras e renas.

Peneda-Gerês, Portugal

É nacional e é bom. A norte do nosso país, no parque nacional Peneda-Gerês, pode optar-se pelo trote livre dos póneis e explorar a área. A ocupação romana também deixou como alguns percursos típicos com marcos de 2 mil anos. Existem piscinas naturais onde se pode mergulhar, muitas com cascatas.

Saxon Switzerland, Alemanha

Rochas. Muitas. O parque nacional a este da Alemanha eleva-se ao nível dos 700 cumes que os constituem e lhe deram o nome. Há centenas de quilómetros de trilhos para caminhadas. Um complexo rochoso destaca-se entre os outros: o dos 194 metros que se erguem acima do rio Elbe. E destaca-se também Malerweg, cujos 112 quilómetros inspiram muitos artistas. Este parque nacional também entra pela República Checa dentro, mas com um nome ligeiramente diferente, o de Bohemian Switzerland, e paisagens de arcos de arenito.

Sarek, Suécia

Aqui não vai encontrar habitantes, nem sequer obras humanas. Reinam os 100 glaciares, seis dos quais são os pontos mais altos entre os quais correm cursos de água. Os cenários mais severos do parque nacional Sarek exigem boas capacidades de orientação e análise geográfica. É um ambiente virgem com 2 mil quilómetros quadrados de área, ideal para os amantes da aventura. Mas, mesmo assim, o parque oferece alguns guias à disposição dos turistas.

Kalkalpen, Áustria

A maior parte deste parque nacional austríaco é composto por floresta, tornando-o o maior complexo florestal da Europa central. Entre as árvores, correm rios, erguem-se desfiladeiros edestacam-se vertiginosas ravinas: caminhos interessantes para alpinistas, ciclistas, caminhantes e amantes de ski. Toda esta grandiosidade pode ser observada através da torre Wurbauerkogel, com 21 metros de altura. Com o conhecimento dos guias deste parque nacional, pode-se ainda descobrir a vida selvagem.

Rago, Noruega

Não é um parque nacional, mas continua a enfeitiçar: os cumes rochosos escarpados e as montanhas íngremes parecem vir de outro mundo. Entre a severidade destas paisagens, surge a queda de água Litlverivassforsen, onde o rio se precipita no lago com o mesmo nome. Há caminhos para explorar, cabanas para descansar e outros dois parques para encontrar nas vizinhanças de Rago: Sjunkhatten e Junkerdal.

Port-Cros, France

Na mais pequena das ilhas que compõem a Île d’Or, na Côte d’Azur, nasceu um quilómetro de terra selvagem e montanhosa, cujos cumes permitem vistas para o mar. Como é uma área protegida, num raio de 600 metros em redor da ilha há uma diversidade biológica marinha singular, que pode ser descoberta mergulhando na transparência das águas. A Port-Cros só se pode chegar de barco, via península Giens. Dizem que foi nestas costas que o nudismo se desenvolveu.

Ordesa, Espanha

O parque nacional mais antigo dos nossos vizinhos tem dos melhores circuitos para ciclismo dos Pirinéus, mas continua pouco reconhecido. Três quilómetros de vales glaciares que sobem até aos 3.355 metros do Mont Perdú. Mas se as vertigens o atormentarem, pode ficar pelas encostas calcárias do parque. O início do verão é a melhor época do ano para explorar a flora local.