As portagens nas autoestradas da Brisa, e da generalidade das concessões, vão ficar inalteradas no próximo ano, por causa da baixa inflação verificada em 2015.

O Instituto Nacional de Estatísticas (INE) divulgou esta quarta-feira o valor da inflação homóloga de outubro, que serve de referência à atualização anual das portagens. A inflação registou uma variação de 0,6% face ao mesmo mês do ano passado, um valor que não será suficiente para determinar um aumento das taxas cobradas no próximo ano, na maioria dos casos, confirmou o Observador junto de fonte da Brisa, a maior concessionária de autoestradas do país.

As contas ainda estão a ser feitas e a proposta final terá de ser entregue ao governo até dia 15 de novembro. No entanto, e por causa da regra dos arredondamentos — as tarifas só mexem a partir dos cinco cêntimos — admite-se que a haver aumentos, será em menos de 10% da rede. Eventuais subidas devem incidir em percursos mais extensos e classes mais altas (veículos que pagam mais portagem). 

É provável que as taxas não subam para a classe 1 de veículos ligeiros, o que acontecerá pelo terceiro ano consecutivo. Já em 2014 e 2015, o preço das portagens ficou inalterado. O mesmo tinha acontecido em 2010, sempre por causa da inflação nula ou negativa. 

A inflação de outubro é a referência usada para a atualização dos preços do ano seguinte na maioria das concessionárias. Mas há exceções. O contrato da Lusoponte tem como referência a inflação de setembro, que em termos homólogos foi mais alta, de 0,9%, o que poderá conduzir a atualização das portagens no próximo ano nas pontes 25 de Abril e Vasco da Gama. 

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