O pedófilo belga Marc Dutroux planeava, de acordo com o seu antigo advogado, “raptar várias crianças” e criar uma “cidade subterrânea” numa mina abandonada onde manteria as vítimas aprisionadas, avança o The Telegraph.

O caso que chocou a Bélgica e o mundo resultou na condenação a prisão perpétua de Dutroux, sem direito a liberdade condicional, pelo rapto e violação de seis raparigas e o assassinato de quatro delas.

Dutroux admitiu ao seu advogado que a sua ideia era “raptar crianças em massa e depois criar, numa mina, uma espécie de cidade subterrânea onde o bem, a harmonia e a segurança prevalecessem”, revelou à revista belga Soir Mag o advogado que defendeu o pedófilo desde a sua detenção, em 1996, até 2003.

Marc Dutroux foi preso em agosto de 1996, dois dias depois do desaparecimento de Laetitia Delhez e Sabina Dardenne, duas adolescentes que foram encontradas vivas numa cave numa das suas casas em Marcinelle, no sudoeste da Bélgica. A sua carrinha tinha sido avistada na localidade onde Delhez vivia e essa pista levou à sua detenção dois dias mais tarde.

Nas semanas seguintes foram descobertos também os corpos de Julie e Melissa, duas amigas de oito anos que tinham sido raptadas um ano antes, em junho de 1995, em Liége, e que morreram à fome. Os corpos foram encontrados na cave de uma outra casa de Dutroux. Mais tarde, foram descobertos também, enterrados no quintal de uma das propriedades de Dutroux, os corpos das jovens An Marchal, de 17 anos, e Efeje Lambrecks, de 19.

Dardenne, uma das jovens encontradas ainda com vida, contou em julgamento que o raptor usava um nome diferente e, embora as submetesse a abusos sexuais, insistia que estava a protegê-las de pessoas “malvadas” e que raptou Laetetia para lhe “fazer companhia”.

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