Numa nota enviada à agência Lusa, a organização indicou que a manifestação, com início na estação do Norte, tem por base o apelo de “muitos cidadãos e associações do mundo social, cultural e religioso” para uma “sociedade solidária”.

Esta marcha quer reunir o conjunto da sociedade belga através de um “sinal de solidariedade para com as vítimas dos atentados e para com todos os que ajudaram, com as suas capacidades e com os seus serviços”.

“Serão eles que ocupam o lugar de honra, à cabeça da marcha”, garantiu a organização, que indicou que mais pormenores acerca do percurso serão dados posteriormente.

No texto de divulgação do evento, a organização alega ser este uma “oportunidade para condenar os ataques cruéis e a aversão ao terror”, porque em Bruxelas há o “direito de viver, de habitar e trabalhar em segurança”.

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“Agora é hora de tirar lições”, lê-se na nota, que acrescenta que o “terror visa semear a discórdia, o ódio e o extremismo”.

Duas explosões no aeroporto e uma na estação de metropolitano de Maelbeek, reivindicadas pelos extremistas do Estado Islâmico, causaram mais de 30 mortos e 300 feridos, a 22 de março, em Bruxelas.

Quatro dias depois foi agendada uma marcha contra o terror, mas o apelo das autoridades, alegando razões de segurança, fez a organização adiar a manifestação.

Porém, nesse dia, surgiram dezenas de autoproclamados ‘hoolingas’, na Praça da Bolsa, que depois de adotarem atitudes provocatórias foram dispersos, nomeadamente com canhões de água utilizados pela polícia.