O presidente da Associação Comercial do Porto, Nuno Botelho, disse esta quinta-feira que o Presidente da República vai adotar o Palácio da Bolsa como “sede” para realizar as suas reuniões na região do Porto e norte do país.

“Em 105 anos de República Portuguesa qualificamos este momento de histórico e de muito importante para a região porque é a primeira vez que um Presidente da República tem este sinal de abertura ao resto do país de forma tão efetiva e emblemática”, afirmou no final de uma reunião com Marcelo Rebelo de Sousa.

O Presidente da República inaugurou esta quinta-feira, no Porto, o Instituto de Investigação e Inovação em Saúde (I3S) da Universidade do Porto e, depois, reuniu, separadamente, no Palácio da Bolsa com o primeiro-ministro, o presidente da câmara e a Associação Comercial.

Nuno Botelho “enalteceu” a postura de Marcelo Rebelo de Sousa, considerando que é uma forma de descentralizar Portugal, país que está “tão centralizado”.

E realçou: “sensibilizei ainda o Presidente da República para questões que preocupam a região, nomeadamente a questão das infraestruturas, notando que tinha um enorme conhecimento destes problemas, depois de tão pouco tempo em funções, o que é extraordinário”.

À chegada do Palácio da Bolsa, Marcelo Rebelo de Sousa considerou que “não há razão nenhuma” para que as reuniões semanais com o primeiro-ministro tenham que ocorrer no Palácio de Belém, em Lisboa, podendo ser descentralizadas.

“Quando vim aqui ao Porto no dia seguinte à minha tomada de posse vim cá por uma razão muito simples, que é Portugal não é apenas Lisboa. É muito mais do que Lisboa. Lisboa é muito importante, mas Portugal é muito mais rico do que Lisboa. E o Presidente deve correr o país, tal como o Governo, e não há razão nenhuma para não estar próximo das pessoas. O Presidente deve ir lá, deve estar lá e, se for caso disso, deve receber lá o primeiro-ministro”, declarou.

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