O governo de António Costa virou a página da austeridade? “Nada que mereça desfiles e procissões”, diz Sérgio Sousa Pinto, em entrevista ao Público. O socialista, que diz que ainda não decidiu se irá fazer uma intervenção no Congresso que o PS promove este fim de semana, considera que “o atual Governo, tanto em política europeia como em opções
de política económica, permanece fiel às escolhas fundamentais que inspiraram o Governo anterior, que é fazer o que tem de ser feito para permanecer no euro”.

“Há um certo histrionismo parlamentar e um certo histrionismo no debate político que não tem, do meu ponto de vista, justificação face aquilo que são as grandes linhas de permanência da política portuguesa que são, indiscutivelmente, fazer os sacrifícios que é preciso fazer para não sair do euro”.

Sérgio Sousa Pinto diz que há “gente no PS que parece ter vergonha de não ser do Bloco” de Esquerda mas que “o tempo resolverá isso”. O socialista afirma que há quem considere que “os problemas nacionais residem na existência de uma direita política e que afastar do poder a direita corresponde a instaurar no país as condições para a felicidade universal, naturalmente que isso não fará sentido”.

Por outro lado, há “quem considere que existem problemas no país, que são problemas históricos, que são grandes atrasos nacionais, problemas difíceis de resolver e que
exigem alianças à esquerda contra a direita nuns casos e alianças com a direita contra a esquerda noutros, já que a realidade é complexa e como aconteceu no passado o PS
terá de se entender novamente com a direita”.

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