O Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, ativou na terça-feira seis linhas de ação para combater a insegurança no país, onde 28.479 pessoas foram assassinadas em 2016. “Vou concentrar todo o esforço humano em dois temas fundamentais, o tema da economia (…) e no mesmo nível de importância o tema da segurança da pátria e do povo, os assassinatos e o crime paramilitarizado”, disse, durante um Conselho de Segurança Cidadã, que decorreu no palácio presidencial de Miraflores, em Caracas.

Segundo o chefe de Estado, a primeira linha consiste em impulsionar o Movimento pela Paz e a Vida, que será “comandado” pela almirante chefe Carmen Meléndez e incluirá “a expansão de todos os planos desportivos, culturais e de criação de valores”.

O Presidente instou por isso o atual ministro de Educação, Elías Jaua, a consultar o impacto dos vídeos violentos que chegam às crianças através das redes sociais.

A segunda linha consiste em reativar o sistema de patrulhamento, em “levar para as ruas todas as forças de segurança”, enquanto a terceira consistirá na instalação de 2.300 “Quadrantes de Paz” (definição de zonas locais de atuação) nos quais a população deverá participar também.

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Outra medida prevê o fortalecimento do Sistema de Proteção Popular ou Sistema de Inteligência Popular, que será dirigido pelo diretor do Serviço Bolivariano de Inteligência, Gustavo González López, e cuja função será “advertir” sobre eventuais ameaças. Esta linha terá ainda como propósito reformular as Operações de Libertação do Povo, que consistem em rusgas a edifícios e sítios onde há suspeita de estarem criminosos.

Finalmente, a linha da justiça, que começará com a criação de “casas de justiça para a resolução de conflitos, para a justiça inicial, para combater a impunidade e para levar a lei e a ordem às comunidades”.

Dados do Observatório Venezuelano de Violência dão conta que 28.479 pessoas foram assassinadas na Venezuela, em 2016, mais que os 27.875 casos registados em 2015.