O líder da distrital de Lisboa do PSD, Miguel Pinto Luz, considera que o apoio do CDS a Rui Moreira, no Porto, ao lado do PS, “passa um sinal errado aos portugueses” e “se calhar” foi “o elemento necessário e suficiente” para que os dois partidos não estejam coligados em Lisboa.

Questionado, em entrevista ao Jornal de Negócios, sobre se esse apoio do CDS boicotou uma coligação em Lisboa com o PSD, Pinto Luz não tem dúvidas: “Do meu ponto de vista, sim”. E o social-democrata considera mesmo que, nestas circunstâncias, é difícil voltar a tentar o acordo com o CDS : “É praticamente impossível – diria mesmo impossível – voltarmos [a discutir coligação em Lisboa] se não revisitarmos esse dossiê do Porto. Acho que o CDS não está disponível para o revisitar”. E sobre a atitude dos democratas-cristão, questiona mesmo: ” É uma visão puramente aritmética de querer ganhar câmaras ou temos um projeto diferente para Portugal?”

Já o jornal i, também na edição desta sexta-feira, noticia que o presidente da Concelhia do PSD em Lisboa terá anunciado numa reunião da comissão política concelhia que escreveu ao líder do partido a anunciar que não coloca entraves ao apoio do CDS a Assunção Cristas em Lisboa.

O líder da distrital de Lisboa, que é arguido num processo por financiamento partidário, também fala na candidatura do PSD em Oeiras e desmente Isaltino Morais quando este disse que tinha sido convidado pelo partido para se candidatar no município. “Posso dizer que não houve convite para Isaltino Morais ser candidato à Câmara de Oeiras”. Em setembro, Isaltino disse que tinha sido convidado para se candidatar nas listas do partido — que nas eleições de 2005 lhe negou o apoio, era líder do partido Luís Marques Mendes, que afastou das listas nomes como o de Isaltino, Santana Lopes ou Valentim Loureiro, por “critérios políticos” (dois deles tinham em comum estarem envolvidos em processos judiciais, Isaltino foi mesmo condenado a prisão efetiva em 2009).

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