Um porta-voz do Kremlin estranha a “histeria” em torno das reuniões de membros da equipa de Trump com russos, nos meses antes das eleições, porque isso também terá acontecido, “provavelmente”, com pessoas próximas de Hillary Clinton.

Dmitry Peskov, porta-voz de Vladimir Putin, afirmou num programa de atualidade política da CNN, que não havia razão para criticar Michael Flynn, o Conselheiro de Segurança que saiu do cargo por não ter revelado encontros com membros do Kremlin. “Este é o trabalho dele. Ele falou sobre relações bilaterais, sobre o que se passa nos EUA, para que tenhamos uma compreensão melhor em Moscovo”, afirmou Dmitry Peskov.

O porta-voz do Kremlin considera que esta polémica não faz sentido porque “provavelmente” também houve pessoas próximas da candidata democrata a terem reuniões com diplomatas russos.

“Bem, se olharmos para algumas pessoas ligadas a Hillary Clinton durante a campanha, provavelmente também houve reuniões desse tipo”, afirmou Peskov, acrescentando que “há muitos especialistas em ciência política, pessoas a trabalharem em think tanks que são consultores de Hillary, ou pessoas que são próximas de Hillary”.

Peskov não foi mais concreto nas suas declarações, não chegando a implicar pessoas específicas que poderiam ter tido cargos numa eventual Administração liderada pela candidata democrata. Contudo, a revista Foreign Policy escreveu recentemente que ninguém que pertenceu oficialmente à campanha de Clinton teve reuniões com o embaixador russo (como Jeff Sessions, da equipa de Trump) ou com qualquer outro responsável russo.

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