A italiana Emma Morano, considerada a mulher mais velha do mundo, morreu este sábado na sua casa em Itália, com 117 anos, anunciou o médico pessoal.

“Ela teve uma vida extraordinária e vamos lembrar-nos sempre da sua força”, declarou o presidente da câmara de Verbania, localidade do norte de Itália onde residia Emma Morano, citado pela imprensa italiana.

Escreve a BBC que Morano viveu tantos anos devido não só à genética, mas também à curiosa dieta alimentar, que se baseava em três ovos por dia, dois deles crus. Um regime que a italiana manteve durante toda a vida, depois de, aos 20 anos, ter sido diagnosticada com anemia.

Morano sobreviveu a um casamento abusivo — tendo pedido o divórcio em 1938, numa altura em que o conceito não era bem visto aos olhos da sociedade — e à perda do filho único, que faleceu com apenas sete meses de vida. Era a mais velha de oito irmãos, que acabariam por falecer antes dela. Apesar disso, muitas das irmãs chegaram ao 100º aniversário, com a própria mãe a viver até aos 91 anos.

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A vida da italiana prolongou-se por três séculos, com Moreno a viver e a sobreviver a duas guerras mundiais, a assistir ao fim da ditadura de Benito Mussolini e à queda do muro de Berlim. Ao todo, Moreno assistiu à formação de 90 governos italianos.

Morano nasceu a 29 de novembro de 1899. Ela era oficialmente a última pessoa nascida no século XIX ainda viva.