A Câmara de Lisboa anunciou esta quarta-feira que, “em breve”, uma “parte substancial” do antigo aquaparque da cidade, em Monsanto, será aberta ao público com jardim e parque infantil.

“Estamos neste momento a instalar um parque infantil. A renaturalização do terreno, na sua grande maioria, está feita e em breve uma parte substancial do antigo aquaparque será aberta ao público”, disse o vereador da Estrutura Verde da autarquia, José Sá Fernandes.

Falando na Escola Secundária Marquês de Pombal, na reunião descentralizada do município (destinada a ouvir munícipes de Belém, da Ajuda e de Alcântara), o autarca indicou que, também em breve, apresentará uma proposta com um projeto de requalificação para a outra parte do aquaparque que continuará encerrada.

O aquaparque encerrou em 1993 após a morte de duas crianças, não tendo tido utilização posterior. Chegou a atribuir-se a concessão a uma empresa privada para criar um parque temático, mas o projeto nunca avançou.

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José Sá Fernandes respondia a uma questão abordada por um munícipe. Outro dos assuntos levados à reunião, por vários participantes, foi o da mobilidade, com queixas sobre a supressão de carreiras da rodoviária Carris ou sobre a alteração de percursos e horários.

Intervindo na sessão, o presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina (PS), sublinhou que “o processo dos últimos anos da Carris foi um processo verdadeiramente destrutivo”, por ter interferido em “parte importantes das unidades orgânicas” da empresa, quando esta foi agregada ao Metropolitano.

Outro dos problemas foi a “diminuição da operação, [que] foi causando problemas severos ao funcionamento da cidade e também aos trabalhadores”, apontou. Para Fernando Medina, “reverter esta situação é um imperativo”. Contudo, o autarca admitiu que isso não acontecerá “no imediato”.

Fernando Medina destacou que a autarquia — que gere a rodoviária desde fevereiro passado — está a apostar no pessoal, com a entrada de novos motoristas, e também nos equipamentos, estando já em curso uma primeira aquisição de novos autocarros.

Segundo o responsável, as zonas da Ajuda e alta de Belém têm “problemas significativos” em termos de oferta de transporte público. Também respondendo a questões levantadas por munícipes, mas já sobre a zona turística de Belém, o vereador do Urbanismo, Manuel Salgado, assinalou que a autarquia decidiu intervir “a dois tempos” no local.

Primeiro, com a colocação de bilheteiras novas e casas de banho (uma em frente ao Mosteiro dos Jerónimos e outra perto da Torre de Belém). Ao mesmo tempo, “estão a ser analisadas várias alternativas” para relocalizar o local de paragem dos autocarros turísticos em frente à entrada principal do Mosteiro dos Jerónimos, o que estará concluído “antes do verão”. Uma das hipóteses, segundo o autarca, é “estacionar fora de Belém e depois ali retomar para levar os turistas”.

Manuel Salgado falou ainda em projetos “que já não são suscetíveis de fazer neste mandato”, mas que também visam aliviar a pressão do turismo, como uma intervenção no Largo dos Jerónimos, junto ao local de paragem do elétrico, e o alargamento dos passeios na Rua de Belém.