Os portugueses estão a voltar a olhar para o estrangeiro na hora de escolher o seu destino de férias. De acordo com os dados das principais empresas do setor, referidos pelo Dinheiro Vivo e pelo Jornal de Notícias, a primeira metade do ano revela uma subida de 9,3% nas reservas efetuadas em viagens de lazer, sendo que em certos casos as agências estão a vender mais 15% de viagens.

O crescimento das vendas já se fez sentir em 2016, mas este ano os valores são ainda superiores. “Este ano, há uma consolidação do crescimento que permite voltar ao tempo em viajávamos mais. Ainda não regressámos aos anos pré-crise, já não temos 50 mil pessoas a irem de férias para o Brasil, mas as coisas também mudaram muito e há coisas que já não vão repetir-se”, diz ao JN, o diretor-geral da Travelport Portugal, empresa detentora do sistema de reservas por onde passam 90% das agências a operar em Portugal.

Quanto a destinos, Cabo Verde, Marrocos, Caraíbas, Brasil, algumas cidades da Europa e destinos asiáticos como a Tailândia lideram as tabelas de vendas quer da Travelport Portugal quer da Abreu, líder do mercado de agências.

A recuperação de clientes é de tal ordem que é preciso recuar uma década para encontrar um ano em que os portugueses tenham despendido tanto dinheiro nas suas férias como em 2016. Dados do Banco de Portugal citados pelos dois jornais apontam para um os turistas nacionais tenham deixado nos vários destinos no estrangeiro qualquer coisa como 3,8 mil milhões de euros. No final do primeiro trimestre de 2017, esse valor chegou aos 900 milhões de euros — no horizonte pode estar, por isso, um novo recorde no final do ano.

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