A bolsa nova-iorquina encerrou esta quarta-feira em baixa, com os investidores afetados pela persistência das incertezas sobre a reforma fiscal e a descida da cotação do preço do petróleo.

Os resultados definitivos da sessão indicam que o Dow Jones Industrial Average recuou 0,59%, para os 23.271,28 pontos, e o Nasdaq 0,47%, para as 6.706,21.

O índice S&P500 regrediu 0,55%, para os 2.564,62 pontos.

A descida destes índices bolsistas “está muito associada à fraqueza das matérias-primas”, considerou Karl Haeling, da LBBW.

O Ministério da Energia dos EUA divulgou hoje um relatório semanal em que dá conta de uma subida surpreendente dos ‘stocks’ de petróleo e da produção dos EUA para níveis recorde, provocando a descida da cotação do petróleo.

O subíndice que junta as empresas de energia no seio do S&P500 perdeu hoje 1,17% e 4,17% desde sexta-feira. No mesmo período de tempo, o petróleo cotado em Nova Iorque perdeu 3,44%.

O debate sobre a futura reforma fiscal continuou a pesar na confiança dos investidores.

Na terça-feira, senadores republicanos manifestaram vontade de suprimir uma disposição da designada lei ObamaCare, de acesso aos cuidados de saúde, para cortar 338 mil milhões de dólares (287 mil milhões de euros) em 10 anos.

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Não é contudo evidente que esta ambição seja partilhada por toda a maioria republicana, tanto mais que esta já falhou há alguns meses no desmantelamento esta lei emblemática da Presidência Obama.

“Mais do que o calendário de adoção da reforma fiscal, é o risco de bloqueio e as divergências finais entre as duas câmaras (do Congresso) que inquietam”, disse Gregori Volokhine, da Meeschaert Financial Services.

A Câmara dos Representantes deve adotar o seu texto até ao final da semana.

Entretanto, “em complemento da reforma fiscal, a votação do orçamento e a negociação sobre o limite da dívida vão estar rapidamente na ordem do dia, elementos mais importantes do que a reforma fiscal, onde os republicanos vão ter necessidade do apoio dos democratas”, acrescentou Volokhine.

É grande o risco de estes diferentes acontecimentos “distraírem os republicanos”, avançou Karl Haeling.