A enviada da ONU para a violência sexual nos conflitos considerou que as atrocidades generalizadas contra as mulheres e crianças muçulmanas rohingya organizadas pelos militares de Myanmar podem equivaler a crimes de guerra, contra a Humanidade e genocídio.

Pramila Patten reuniu-se com muitas vítimas rohingya de violência sexual nos campos do Bangladesh, durante uma visita realizada este mês.

Na quarta-feira, durante um encontro com jornalistas, afirmou que estava plenamente de acordo com a avaliação do Alto-Comissário da Organização das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Zeid Ra’ad Al Hussein, de que os rohingyas têm sido vítimas de “limpeza étnica”.

Patten acrescentou que o uso generalizado da violência sexual “foi claramente um motivo e fator promotor” da fuga de mais de 620 mil Rohingya de Myanmar. Considerou-a ainda “um instrumento calculado de terror dirigido à exterminação e remoção dos Rohingya como um grupo”. O governo de Myanmar negou as acusações.

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