O presidente executivo da Altice Portugal disse esta terça-feira que a reestruturação anunciada do grupo com separação entre operações na Europa e Estados Unidos “não altera em nada” o foco estratégico da empresa no mercado português.

Num ’email’ enviado neste dia aos trabalhadores da Altice Portugal, a que a Lusa teve acesso, Alexandre Fonseca começa por dizer que o grupo entrou em 2018 “com um importante anúncio” para a ambiciosa estratégia de negócio, com a intenção da Altice NV de autonomizar a Altice USA, tornando-a numa empresa com atuação independente “e, com isto, transformando a Altice NV em Altice Europe, com um novo perímetro de atuação”. Afirmando que “Esperamos que este processo esteja concluído até ao final do segundo trimestre de 2018”.

Ao autonomizar a Altice USA do grupo Altice, não só promovemos uma maior clareza e simplificação, como alinhamos melhor o nosso foco na liderança e no desenvolvimento dos mercados locais, dando sequência ao momento positivo que iniciámos recentemente”, continuou o presidente executivo da Altice Portugal.

Assim, “teremos uma maior capacidade de entregar valor acrescentado aos nossos clientes, a todos vós, colegas da Altice, e aos nossos acionistas. No entanto, apesar de este ser um movimento muito significativo, não altera em nada o nosso foco estratégico nem a nossa atuação quotidiana”, salientou o gestor.

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E o que significa esta mudança para nós, aqui em Portugal? Quase nada, trata-se de uma reorganização ao nível jurídico, financeiro e de estrutura, visando uma simplificação orgânica. Os nossos acionistas mantêm-se os mesmos. O fundador do grupo, Patrick Drahi, será o presidente executivo da Altice Europe e o ‘chairman do board’ [presidente do Conselho de Administração] da Altice USA”, prosseguiu Alexandre Fonseca, acrescentando que as prioridades se mantêm.

O presidente executivo da Altice Portugal enumerou ainda as prioridades: otimizar a ‘performance’ em cada um dos mercados, com particular foco no serviço ao cliente e na maximização do valor do ciclo de vida de cada cliente; consolidar o investimento em infraestruturas; concretizar o ‘turnaround’ [retorno] operacional e financeiro sob a liderança da nova equipa de gestão; e monetizar o investimento em conteúdos através de novos e inovadores modelos de televisão paga e de receitas crescentes de publicidade.

Acreditamos — e já demonstrámos — que existem imensas oportunidades no nosso mercado e esta decisão [de reorganização do grupo] apenas reforça a nossa ambição e expectativa. Eu, o Patrick e o Armando confiamos na excecional trajetória da nossa operação em Portugal, continuando o caminho de investimento em infraestruturas, em serviços e em conteúdos”, salientou.

“Sei que podemos contar com todos vós. Vocês sabem que podem contar connosco. Juntos iremos mais longe… Temos uma ambição comum para 2018: fazer os nossos clientes felizes”, concluiu Alexandre Fonseca, desejando um bom ano aos colaboradores da operadora de telecomunicações.