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Sabe porque muda a hora? Esta história tem barbas

Atrasar ou adiantar os ponteiros do relógio 60 minutos não parece ser complicado. Será que uma medida implementada em 1916 para poupar carvão ainda faz sentido?

Texto originalmente publicado a 25 de outubro de 2014

A pergunta é só esta: sabe porque muda a hora duas vezes por ano? Os mais afoitos dirão que será para os caracóis e a cerveja saberem melhor depois de uma ida à praia, com o sol ainda a piscar o olho enquanto a noite, impotente, tenta impor-se. É sempre a mesma cantiga: o relógio anda para a frente ou para trás? Os que têm jogos ao domingo de manhã ou aqueles com outros compromissos mais parecem o Dr. House a esmiuçar todas as informações sobre o assunto e a tratar do relógio como se fosse um paciente. Este domingo, dia 26, muda a hora. É só adiantar os ponteiros 60 minutos, senhoras e senhores.

Mas esta história tem muito que se lhe diga. Estamos em 2016, certo? O homem foi à lua, existem iPads, GPS, podemos pagar contas à distância de um clique, os carros andam sozinhos, existem drones, estamos a seis, sete pessoas de qualquer outro ser humano deste planeta. O mundo ficou mais pequeno, e segue galopante. Mas esta decisão de trocar as voltas aos ponteiros do relógio remonta a 1916. Mil e novecentos e dezasseis. Para quê? Poupar energia. O nome oficial é “Daylight Savings Time” (DST). Foi pensado para poupar velas (1784), protagonista das duas Grandes Guerras, foi apoiado numa fase inicial por Winston Churchill e motivo de chacota em Espanha. Acabaria por ser recuperado depois da crise do petróleo de 1973 e por transformar-se em diretiva europeia em 1981.

O nome oficial das mudanças horárias é "Daylight Savings Time". Foi pensado por Benjamin Franklin para poupar velas... em 1784. Mas só seria implementado em 1916 para poupar recursos durante a Primeira Guerra Mundial

Estamos em 2016, certo? Existem lâmpadas de baixo consumo, os computadores estão ligados o dia todo, seja para trabalhar ou para ver o Narcos, Homeland ou House of Cards; existe o ar condicionado, as empresas laboram a todas as horas. Estamos sempre ligados à corrente. Os tempos mudaram. Em 1916, um dos grandes hits musicais foi “Somewhere a voice is callin”, de John McCormack. No mesmo ano, o Benfica discutiu o Campeonato da capital com o Lisboa FC (Campo Grande) e nasceu Walter Cronkite (1916-2009), o importante jornalista que se emocionou a anunciar o assassinato de Kennedy. Fará sentido, hoje em dia, uma medida implementada durante a Primeira Guerra Mundial para poupar carvão? É o que vamos ver…

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Vamos por partes. Quem teve a ideia? Um dos homens mais importantes da história dos Estados Unidos: Benjamin Franklin. O norte-americano escreveu um artigo — “Economical Project for Diminishing the Cost of Light” — para o Journal de Paris, em 1784, no qual dissertou sobre a importância de mudar a hora com vista a poupanças. Mas a ideia só andou para a frente graças a um londrino — William Willett –, que, no entanto, não conseguiu convencer os governantes do país com o panfleto “The Waste of Daylight”, em 1907. O jovem Winston Churchill apoiou a teoria, mas ela não chegou ser aprovada.

A Primeira Guerra Mundial estalou pouco depois. A Alemanha e o império Austro-Húngaro abraçaram a ideia de Willett. O Reino Unido e a França anunciaram poucos dias depois a mesma decisão. Willett, que só queria mais luz solar pela manhã para continuar a colecionar insetos, havia morrido no ano anterior e não viu o horário de verão ser implementado. Em 1917 foi a vez da Rússia e dos Estados Unidos. Ironicamente, a guerra que desuniu o mundo juntou-os neste capítulo.

Poster de 1918, Estados Unidos

A família real espanhola só adotou o novo horário em 1918, quando a guerra estava a chegar ao fim. Muitas fábricas estavam a fechar, faltava matéria-prima, havia escassez de algodão e de trigo para fazer pão. Poupar passou a ser uma forma de estar, e lá foi decidido que os relógios seriam adiantados uma hora no dia 15 de abril. A imprensa não resistiu e gozou com a situação, principalmente com os problemas que se adivinhavam para os proprietários dos relógios de sol. Pelas ruas, nomeadamente em Barcelona, começaram a ver-se avisos sobre a nova situação. Era uma nova realidade. Na rua, quando alguém perguntava as horas a outro ouvia muitas vezes “a oficial ou a outra?”

Quando terminou a guerra houve quem abandonasse o tal horário de verão. A Segunda Guerra Mundial trouxe-o de volta, mas voltaria a cair em várias zonas do globo. Era como um carrossel que andava ao sabor dos conflitos bélicos, que tanto esmifraram as pessoas e os recursos dos países.

Esta prática generalizou-se a diferentes ritmos a partir de 1974, quando os Estados Unidos e Europa viram os países árabes roubarem-lhes o chão, ao fechar a torneira do ouro negro. A crise energética de 1973 colocou o ambientalismo no mapa e no top of mind dos políticos. Os Estados Unidos, por exemplo, para enfrentar o problema, racionalizaram gasolina, impuseram um limite de velocidade nas estradas e, como tantos outros, adotaram o tal Daylight Saving Time. Para quê? Poupar, como acontecera em 1916. A organização árabe para a exportação de petróleo levantaria o embargo em março de 1974.

DAYLIGHT SAVING TIME: BOM OU MAU?

Há estudos para todos os gostos. Uns dizem que existe apenas uma poupança de energia de 1%, outros falam até 10%. Depois há aqueles que sugerem que há menos acidentes no trânsito e que o crime diminui. As consequências na saúde também são esmiuçadas. A Universidade do Alabama descobriu, em 2012, que há um aumento de 10% de ataques cardíacos na segunda e terça-feira após avanço da hora. Já quando se atrasa a hora, no outono, não foi registada qualquer oscilação nos números referentes a ataques de coração.

Consumos relativos a segundas-feiras consecutivas, antes e depois da mudança de hora (verão-inverno 2013) - Dados da REN

REN

Na imagem em cima podemos observar o consumo de energia relativo a duas segundas-feiras seguidas, que aconteceram antes e depois da mudança horário de outubro de 2013. As linhas do gráfico são muito semelhantes, pelo que podemos concluir que não haverá uma oscilação significativa relativamente às mudanças horárias. Ainda assim, é possível observar que o pico de energia consumido aconteceu durante o horário de inverno, ao fim da tarde, um pouco antes do que aconteceu no horário de verão. O que faz sentido: as pessoas chegam mais tarde a casa quando os dias ficam mais compridos.

Os mais afetados serão as crianças, diz a revista brasileira Crescer. Embora pareça pouco tempo, o da adaptação, os mais pequenos podem ficar mais preguiçosos na semana seguinte. O relógio biológico é mais lento e exige habituação. Tudo porque a melatonina, a hormona produzida pela glândula pineal que participa na regulação dos ritmos biológicos, é ativada e alterada pela falta de luz, provocando instabilidade na rotina. Há todo um repertório de sintomas que estão intimamente ligados a esta adaptação: mau humor, cansaço, falta de apetite e preguiça. “Não se deve dormir durante o dia para compensar a noite mal dormida”, explicou Leonardo Ireradi, um neurologista de um hospital de São Paulo.

Existem alguns truques para tornar menos brusca esta cambalhota na rotina. Antecipar a mudança do horário, para se habituar aos poucos, e evitar alimentos pesados e estimulantes são um bom princípio. Mas nem tudo é mau, pois um estudo — sim, mais um — mostrou que no horário de verão pais e filhos passam mais tempo juntos, e ao ar livre.

“Fico mais cansada, custa sair da cama e os dias parecem intermináveis. Mas penso que isso também se deve ao frio e à ideia de inverno. É só durante a primeira semana, depois adapto-me”, disse Alexandra Esteves

“Não sabia porque mudavam a hora, nem nunca me passou pela cabeça o porquê”, começou por dizer Alexandra Esteves, 30 anos, ao Observador. “Claro que me causa transtornos. Fico mais cansada, custa sair da cama e os dias parecem intermináveis. Mas penso que isso também se deve ao frio e à ideia de inverno. É só durante a primeira semana, depois adapto-me.”

Já Jorge Tavares, de 25 anos, considera que faz sentido as horas estarem de acordo com a luminosidade. “A minha grande preocupação quando era mais novo era ter jogos sempre ao domingo de manhã, então não me podia descuidar. Não me afeta nada, e só muda uma noite, depois as pessoas adaptam-se. É como um mini-jet lag. Quando fores viver para a Austrália não te vais andar a queixar da diferença horária durante meses”, explicou.

E lá justificou: “Acho que faz sentido as horas estarem de acordo com a luminosidade. Acordar a uma hora normal e ser de noite é parvo, como também é estúpido já teres jantado e ainda ser de dia. Não é estúpido, mas há uma razão para dizer sete da tarde e oito da noite…”

João Duarte Silva, de 28 anos, é favorável às mudanças horárias. “Há prós e contras nesta questão”, começou por dizer. “Por um lado é desagradável ver a noite a chegar às seis da tarde — até antes nos meses de novembro e dezembro –, mas por outro lado o dia começa mais cedo, o que traz vantagens a muitas industrias. E não só. Para o trabalhador comum, sabe bem sair da cama com o sol a nascer nos dias de inverno. Se a hora não mudasse, sairíamos da cama de noite nos dias mais frios do ano, o que seria uma chatice”. O argumento está ao nível do que exaltaram outrora Franklin e Willett. “No geral, eu concordo com a hora de inverno. Julgo ser o melhor caminho para a produtividade” rematou Duarte Silva.

"Hoje em dia faz sentido nem que seja só por uma questão de tradição. É difícil imaginar a aproximação ao natal com o horário de verão"
João Pedro, de 23 anos

João Pedro, de 23 anos, diz-se um romântico das compras natalícias pela noite. “Hoje em dia faz sentido nem que seja só por uma questão de tradição. É difícil imaginar a aproximação ao natal com o horário de verão. Mesmo comercialmente afeta, porque se saíres do trabalho ainda de dia não te apetece tanto fazer compras de natal. A noite puxa mais a isso, com as iluminações e tal, mas se calhar isto é só uma ideia romântica minha…”

Não abundam os estudos sobre a temática em Portugal, por isso abordemos um de 2007, elaborado pela Netsonda, a pedido da Philips. Mais de 75% dos portugueses — falamos apenas de uma amostra de 885 pessoas, entre os 18 e 55 anos — concorda com a mudança de hora como medida positiva ambiental de poupança de energia, embora a mesma afecte negativamente um terço deles, pode ler-se no relatório. Os inquiridos queixaram-se de que a mudança de hora oferece alguns efeitos negativos: alterações do sono, irritabilidade, mau humor, sonolência e cansaço. São necessários três dias em média para as pessoas se habituarem à ideia.

UNIÃO EUROPEIA: ESTÁ TUDO BEM

A União Europeia também já se debruçou sobre este assunto, através de um relatório da Comissão das Comunidades Europeias, de novembro de 2007. A diretiva que fixou uma data comum única para o início do período de verão entrou em vigor em 1981. Como já vimos em cima, a maioria dos Estados-membros introduziu a Daylight Saving Time nos anos 70, após a crise do petróleo.

Mais recentemente, em 19 de janeiro de 2001, o Conselho e o Parlamento Europeu adotaram conjuntamente a diretiva respeitante à hora de verão. O artigo 5.º da diretiva previa que a Comissão apresente ao Parlamento Europeu, ao Conselho e ao Comité Económico e Social um relatório sobre a incidência das disposições da diretiva nos setores relevantes. O artigo 5.º prevê igualmente que o relatório seja elaborado com base nas informações comunicadas à Comissão por cada Estado-Membro. Aconteceu em 2007.

A maioria dos Estados-membros introduziu a Daylight Saving Time nos anos 70, após a crise do petróleo.

E quais são as conclusões desse relatório? Está tudo bem e não há motivos para mudanças. Deixamos aqui a lista das conclusões, que tiveram em conta as muitas vicissitudes dos setores mais importantes, assim com questões relacionadas com lazer, saúde e ambiente.

— Mais de 20 anos após a adoção da primeira diretiva sobre esta matéria, os setores económicos considerados mais relevantes, nomeadamente a agricultura, o turismo e os transportes, integraram a hora de verão nas suas atividades e não põem a sua existência em causa.

— No que diz respeito aos transportes, a plena harmonização do calendário permitiu suprimir os obstáculos mais importantes observados no passado.

— A hora de verão favorece a prática, ao fim do dia, de todas as espécies de atividades de lazer em condições de maior conforto, dado se realizarem com luz natural.

— Face a estudos contraditórios sobre esta matéria, é impossível tirar conclusões válidas sobre o impacto ambiental da hora de verão. Esta constatação aplica-se, em especial, à questão de determinar se a hora de verão resulta num aumento ou numa redução da produção de ozono, em comparação com uma situação sem mudança horária.

— A hora de verão contribui para uma poupança de energia pelo facto de se utilizar menos eletricidade em iluminação ao fim do dia, visto haver mais luz natural. No entanto, desta poupança é necessário deduzir o maior consumo de energia devido à necessidade de aquecimento de manhã, quando da mudança horária, e o consumo de combustível suplementar gerado pelo possível aumento do tráfego ao fim do dia quando há mais luz natural. Além disso, as poupanças efetivamente obtidas são difíceis de determinar e, de qualquer modo, são relativamente limitadas.

— A maior parte dos possíveis efeitos da hora de verão na saúde está ligada ao facto de o corpo humano ter de se adaptar à mudança de hora em abril e outubro. A esse respeito e no estado atual da investigação e dos conhecimentos, os especialistas estão de acordo que a maior parte das perturbações sentidas são de curta duração e não põem em perigo a saúde.

— No que diz respeito à segurança rodoviária, a questão é determinar se as manhãs com menos luz natural, nomeadamente na primavera e no outono, e as noites com mais luz natural têm um impacto no número de acidentes de automóvel. A ausência de dados quantitativos suficientes, bem como a interação com outros fatores como as condições meteorológicas, não permite estabelecer com segurança uma relação de causalidade entre a hora de verão e o número de acidentes.

Segundo o mesmo relatório, nenhum Estado-membro solicitou a modificação do atual regime. Pelo contrário, sublinharam a importância da harmonização do calendário da hora de verão na União Europeia, lembrando a questão dos transportes. Só a Bélgica apelou a que, caso houvesse mudanças, que se passasse a usar sempre o horário de verão. Quanto ao turismo, a Letónia, por exemplo, afirmou que a hora de verão tem um impacto positivo. Já a Itália referiu então que os setores da construção e agricultura saem beneficiados com a hora de verão, nomeadamente no sul do país, que sentem menos calor de manhã.

E a lengalenga que nos trouxe até aqui? Quanto ao consumo de energia, Bulgária e França falaram numa oscilação de 0,01% e 0,014%, respetivamente. Irrisório, portanto. Na Eslovénia e Letónia não houve mudanças significativas, ao contrário do que aconteceu na Estónia, que assinou uma oscilação de menos de 10%, que ainda assim é significativa.

“Para além do facto de favorecer a prática de todas as espécies de atividades de lazer ao fim do dia e de permitir alguma poupança de energia, a hora de verão tem poucos impactos e o regime atual não constitui um assunto de preocupação nos Estados-membros da UE”, começa por dizer a conclusão do relatório. “Nesta perspetiva, a Comissão considera que o regime de hora de verão tal como estabelecido na diretiva continua a ser adequado. Nenhum Estado-Membro mostrou vontade de abandonar a hora de verão ou modificar as disposições da atual diretiva. Em contrapartida, importa manter a harmonização do calendário a fim de assegurar o bom funcionamento do mercado interno, que é o objetivo essencial da diretiva.”

ESTADOS UNIDOS DIZEM ADEUS AO HORÁRIO DE VERÃO?

Em 2011 eram 110 os países que mudavam a hora duas vezes por ano. Só havia uma exceção na Europa: Islândia. Os russos preferiram não adotar também o DST porque estudos terão concluído que a hora de inverno deixava o povo deprimido, contribuindo para um aumento da taxa de suicídios. Dmitri Medveded, o então presidente russo, afirmou no início de 2011 que o país viveria sempre no horário de verão.

Já os Estados Unidos começam a perder o encanto com esta medida que adotaram primeiramente em 1917, contou o Washington Post, a 17 de outubro. Os estados do Arizona e Havai não mudam os ponteiros do relógio durante o ano. Mas a shortlist poderá não ficar por aqui. O Utah poderá ir pelo mesmo caminho, pelo menos é o que propõe o deputado Lee Perry e o Senador Aaron Osmand. Os dois legisladores querem acabar com o Daylight Saving Time ou organizar um referendo. Segundo Perry, 62% de 30 mil inquiridos querem derrubar a atual modalidade.

“Isto diz-me que é um assunto que as pessoas querem resolver. Conheço pais frustrados porque os filhos vão para a escola de noite”, explicou Lee Perry. O deputado estadual disse ainda que os estados do Colorado, Idaho, Montana e Wyoming estão a refletir sobre o mesmo cenário. O Daylight Saving Time foi implementado no Arizona em 1918, mas teve “stop” em 1968. O Havai nunca participou.

Estamos em 2016, certo? Sim, e se calhar até faz sentido continuarmos a ter o Daylight Saving Time, mas não pelas razões que abraçaram a génese do “projeto” — poupar energia. Se os principais setores da economia não se queixam, talvez não haja drama nenhum. Para o cansaço, mau humor, falta de apetite e preguiça temos uma solução:

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