Irreversível. É assim que David Cameron classifica o referendo na Escócia, que permitirá ao seu povo votar se quer a independência do Reino Unido ou não. “Eu penso que dar-lhes [a possibilidade de fazer] o referendo é decisivo, legal, justo, irreversível e vinculativo. É a coisa certa a fazer”, explicou o primeiro-ministro do Reino Unido em entrevista à rádio BBC 4.

O anúncio do referendo teve lugar a 21 de maio de 2013 pela voz do primeiro-ministro escocês, Alex Salmond: “Tenho a honra de anunciar que, na quinta-feira 18 de Setembro de 2014, vamos organizar o referendo sobre a Escócia. É um dia histórico para os habitantes, que decidirão sobre o futuro da Escócia.”

A questão que os eleitores vão responder é muito clara: “A Escócia deve ser um país independente?” Segundo algumas sondagens da altura (maio de 2013), um terço dos escoceses era favorável à independência, enquanto metade era a favor da manutenção do atual estatuto que lhes dá a autonomia, segundo o Público. Em caso de vitória do “sim”, a Escócia colocaria um ponto final em 300 anos de ligação à coroa britânica.

David Cameron considera acertado que a Escócia tenha a possibilidade de definir o seu futuro e acredita que teria sido “desastroso” se lhes tivesse sido negado o referendo. “Eu penso que confiar nas pessoas é um muito bom guia e penso que o povo escocês estará apto a decidir se quer permanecer no Reino Unido ou se quer a separação”, explicou.

Segundo a agência noticiosa EFE, uma das últimas sondagens revela que 48% dos escoceses votariam contra a independência e que 36% votariam a favor — 15% permanecem indecisos. Os eleitores, que são todos aqueles com mais de 16 anos, serão chamados no dia 18 de setembro para escolher o destino do seu país.

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