O secretário-geral do PS, António José Seguro, instou esta quarta-feira o Governo a esclarecer “o que é que negociou nas costas dos portugueses” com a troika, no âmbito do programa de assistência financeira.

“O Governo não pode esconder nada dos portugueses e infelizmente está a esconder dos portugueses. Nós vivemos situações muito difíceis do ponto vista económico e do ponto de vista social, há um imenso desemprego, e o Governo não pode continuar com esta conduta, tem de esclarecer com clareza o que é que negociou nas costas dos portugueses, o que é que consta da carta para o FMI”, afirmou Seguro.

O líder do PS reagia, assim, às declarações da ministra das Finanças, que na terça-feira admitiu que o Governo “pode ponderar a hipótese” de prescindir da última ‘tranche’ dos empréstimos concedidos no quadro do programa de assistência financeira.

No entanto, Maria Luís Albuquerque reiterou que não há ainda decisões tomadas.

Na segunda-feira, o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, garantiu que o Governo não tenciona reabrir o programa de assistência económica e financeira, que ficou concluído a 17 de maio, apontando que aquilo que está em causa é apenas o pagamento da última ‘tranche’ de empréstimos que deveriam ter sido canalizados para Portugal na sequência da 12.ª avaliação.

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Uma ‘tranche’, segundo avançou Maria Luís Albuquerque, é de “pouco mais de 2 mil milhões de euros”.

“Tem de haver clareza, porque só havendo clareza é que sabemos identificar a magnitude dos nossos problemas e encontrar soluções”, disse ainda António José Seguro.