O Irão é hostil a “qualquer intervenção militar estrangeira no Iraque”, declarou a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Marzieh Afkham, citada hoje pela agência ISNA, após o anúncio do destacamento de um porta-aviões americano para o Golfo. “O Iraque tem capacidade e preparação necessárias para lutar contra o terrorismo e extremismo. Todas as ações que compliquem a situação no Iraque não são do interesse deste país nem da região”, declarou a porta-voz, mostrando-se confiante em que “o povo e o governo iraquiano (…) poderão neutralizar esta conspiração”.

As forças iraquianas preparam uma contraofensiva e reforçaram a sua defesa em Bagdade, após o ataque relâmpago dos jihadistas do Estado Islâmico no Iraque e no Levante (EIIL), que tomaram o controlo da segunda cidade do Iraque, Mossul, e da respetiva província de Ninive (norte), de Tikrit e de outras regiões da província de Salaheddine, bem como de zonas das províncias de Diyala (leste) e de Kirkouk (norte).

Teerão mostrou-se disponível para ajudar Bagdade na luta contra a ofensiva em curso dos ‘jihadistas’, mas sem intervir no terreno, voltando a desmentir informações veiculadas pelos ‘media’ dando conta da presença de tropas iranianas no Iraque. Contudo, no sábado, o Presidente iraniano, Hassan Rouhani, não descartou a possibilidade de o Irão vir a cooperar com os Estados Unidos na luta contra os ‘jihadistas’ sunitas se Washington vier a combatê-los.

Hassan Rouhani não facultou pormenores sobre a eventual ajuda, mas sugeriu que esta poderia passar pela cedência de assessores militares. Em resposta à crise no Iraque, os Estados Unidos decidiram destacar o porta-aviões USS George H.W. Bush para o Golfo.

A ordem, emitida pelo secretário de Estado da Defesa, Chuck Hagel, permitirá “uma maior flexibilidade no caso de os Estados Unidos necessitarem de realizar alguma operação para salvar vidas de concidadãos ou dos seus interesses no Iraque”, segundo o Pentágono.

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