Astrónomos descobriram, com o auxílio do telescópio Herschel, uma molécula vital para a formação de água, entre as cinzas de estrelas moribundas, informou hoje a agência espacial europeia ESA.
A molécula em causa, conhecida como OH+, é uma combinação, carregada positivamente, de oxigénio e hidrogénio, segundo uma nota da ESA.
Numa investigação, conduzida pela equipa de Isabel Aleman, da Universidade de Leiden, na Holanda, foram analisadas 11 nebulosas planetárias – que se formam a partir da poeira e do gás libertado para o Espaço por estrelas, como o Sol, em fim de vida – e as moléculas foram encontradas em três.
“Pensamos que uma pista essencial é a presença de densos aglomerados de gás e poeira, que são iluminados por radiação ultravioleta e raios-X, emitidos pelo centro quente da estrela”, assinalou a astrónoma brasileira, acrescentando que “a radiação de alta energia interage com os aglomerados para desencadear reações químicas que levam à formação de novas moléculas”.