Em declarações à Lusa no sábado à noite, uma das passageiras, Rita Costa, indicou que os passageiros do voo para Angra do Heroísmo se encontravam no aeroporto de Lisboa, depois de lhes ter sido comunicado “primeiro, que o voo estava atrasado e, depois, que tinha sido cancelado e só haveria outro na segunda-feira”. Segundo a mesma fonte, os passageiros estiveram “durante muito tempo à espera” de que alguém os informasse sobre o que se passava e se lhes seriam fornecidos comida e alojamento.

“Finalmente, encaminharam-nos para um hotel, dizendo que lá nos seria servido o jantar, mas quando chegámos, e ao fim de um longo período de espera, não nos serviram jantar e informaram-nos de que deveríamos voltar ao aeroporto, porque, afinal, o voo ia realizar-se”, relatou. “Mas, quando chegámos ao aeroporto, disseram-nos outra vez que não haveria voo, só na segunda-feira, e que vão tentar pressionar a tripulação a viajar amanhã [domingo], mas não garantem conseguir”, acrescentou.

Falando à Lusa cerca da meia-noite, Rita Costa indicou que o maior problema dos passageiros é que “as pessoas não têm as bagagens, nem sabem quando terão” e “estão crianças a chorar porque não comem há horas e há idosos e pessoas doentes cujas medicações estão nas bagagens”. “A situação é de desespero”, resumiu.

Entretanto, de acordo com a mesma passageira, um funcionário da companhia aérea já informou que esta “não vai reembolsar os passageiros” e distribuiu “uns ‘vouchers’ que nem sequer se sabe se garantem comida para toda a gente”.

A Lusa tentou contactar a TAP para obter um comentário sobre esta situação, mas sem êxito.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR