Trabalhar na Apple. Muitas pessoas quererão fazê-lo. Só na Europa, a empresa com logotipo de maçã trincada até dá emprego a cerca de 16 mil pessoas. Escritórios e lojas, a Apple tem-nas um pouco por todo o lado. No Canadá, também. E até há cerca de oito meses, quem entrasse numa loja da Apple em Vancouver arriscava-se a ser recebido por Sam Sung. Escrito e dito assim, apenas com um espaço a separar as palavras.

Sim, a Apple teve um funcionário com um nome igual ao da empresa rival. A Samsung, lá está. Sam Sung, o homem, trabalhou numa loja da empresa até dezembro de 2013, quando “decidiu seguir em frente” e “talvez tentar fazer outra coisa”, escreveu, na altura, a CNBC. Sam e a Apple separaram-se, mas o antigo funcionário levou consigo alguns cartões-de-visita.

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E eis a ironia. Ou a oportunidade. Um cartão com o logótipo da Apple e, em baixo, escrito Sam Sung, tem piada. E terá sido isto que Sam pensou quando optou por leiloar o seu último cartão no Ebay, um portal de vendas online, com o “objetivo de angariar dinheiro para uma instituição de solidariedade”. Ao início da tarde desta quinta-feira, a proposta mais elevada estava nos 3773 euros. Perto do final da tarde, contudo, a última oferta na licitação situava-se nos 60 mil euros. E poderá não ficar por aqui — ainda restam oito dias para o leilão terminar, a 15 de agosto.

O próprio Sam Sung reconhece a piada da coisa. “Espero que o meu antigo cartão-de-visita acabe noutro entusiasta da Apple, com humor e vontade de angariar dinheiro para uma boa causa”, escreveu, na página do anúncio que publicou no Ebay. E quem o acabar por comprar não levará apenas o cartão. “Apesar de o leilão ser apenas para o cartão, emoldurei-o em conjunto com o meu antigo uniforme”, explicou, ao falar da t-shirt, com o logótipo da Apple, que costumava utilizar no dia-a-dia laboral.

A relação entre Sam Sung e a Apple começou a ser noticiada em dezembro de 2013. Bastou um homem, que um dia foi à tal loja da Apple, em Vancouver, e publicar na sua conta de Twitter uma fotografia do cartão de um trabalhador, escrevendo: “Não vão acreditar nisto. Vejam o nome do funcionário que está a ajudar a tia da minha mulher!” E pronto, a piada começou. Ou melhor, ficou conhecida.

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