O acidente aéreo que provou a morte ao candidato à Presidência do Brasil Eduardo Campos vai ser investigado por uma equipa de peritos da agência governamental norte-americana responsável pela investigação de acidentes aéreos, a National Transportation Safety Board (NTSB).

Segundo o jornal brasileiro Globo, o grupo que fará a investigação da queda do jato privado será constituído por peritos da NTSB e da Cessna Aircraft Company, a fabricante do avião em causa.

Na sexta-feira, as autoridades brasileiras indicaram que os registos das conversas que estavam na caixa negra do avião eram correspondentes ao voo anterior, e não ao voo que acabou por cair em São Paulo.

As razões para a falta de registo da último voo do Cessna que vitimou Eduardo Campos não são conhecidas, mas as autoridades dizem que o registo de voz não é indispensável para determinar quais foram as causas do acidente.

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O socialista de 49 anos era candidato à presidência brasileira quando, na manhã de quarta-feira, sofreu acidente aéreo, quando o seu avião de campanha atravessava Santos, no Litoral de São Paulo. O avião tinha descolado do Rio de Janeiro e tinha como destino o aeroporto do Guarujá, no litoral de São Paulo.

As sete pessoas – dos quais duas são os pilotos – a bordo do avião morreram no acidente.

Campos era o terceiro colocado nas sondagens de intenção de voto, atrás da atual Presidente, Dilma Rousseff, do Partido dos Trabalhadores (PT, de centro-esquerda), e de Aécio Neves, do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB, de centro-direita). O candidato era considerado uma alternativa às duas principais forças políticas do país.

Com a morte de Campos, presidente e principal liderança do Partido Socialista Brasileiro (PSB), a coligação que apoiava a sua candidatura tem dez dias para indicar um novo nome. Entre as possibilidades estão a nomeação de outro político do PSB ou da atual candidata a vice-presidente pelo partido, a ecologista Marina Silva.