“As duas horas de gravação áudio, limite máximo de registo do equipamento, obtidas e validadas pelos especialistas, não correspondem ao voo realizado a 13 de agosto (quarta-feira)”, indicou a força aérea brasileira (FAB), encarregada da investigação sobre o acidente, em comunicado.

No entanto, esses registos de voz não são um “elemento indispensável” para determinar as causas do acidente, lê-se no documento.

“As razões pelas quais a gravação obtida não corresponde ao voo serão analisadas durante a investigação”, acrescenta a FAB.

Em terceiro lugar nas intenções de voto para as eleições presidenciais de 05 de outubro próximo, com a ecologista Marina Silva como vice-presidente, Eduardo Campos, de 49 anos, viajava num jacto Cessna 560XL que se despenhou na quarta-feira numa zona residencial de Santos, uma cidade do litoral do Estado de São Paulo, no sudeste do Brasil.

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As sete pessoas — entre as quais os dois pilotos — que seguiam a bordo do avião de campanha de Campos morreram.

Os destroços do aparelho e os restos mortais das vítimas ficaram espalhados por uma vasta área.

Com uma longa carreira política, durante a qual foi governador de Pernambuco (nordeste), ministro e deputado, o candidato socialista apresentava-se como uma alternativa ao Partido dos Trabalhadores (PT, no poder) e ao Partido da Social-Democracia (PSDB, oposição), que governam o país há 20 anos.

As suas cerimónias fúnebres deverão realizar-se nos próximos dias no Recife, a capital de Pernambuco, onde será celebrada uma missa ao ar livre.