De acordo com o ministro dos Transportes e Comunicações de Moçambique, Gabriel Muthisse, que é citado pela Agência de Informação de Moçambique (AIM), o “convite já foi feito”, estando neste em curso o processo de coordenação para se acertar a “data de chegada”, assim como a “logística” necessária à missão dos observadores internacionais.

Além de Portugal, os outros países convidados são a África do Sul, Botsuana, Cabo Verde, Estados Unidos, Itália, Quénia, Reino Unido e Zimbabué, tendo a sua escolha decorrido das negociações entre as delegações da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), o maior partido da oposição, e do Governo moçambicano, com vista ao fim da crise político-militar que abalou Moçambique durante cerca de um ano e meio.

Designada de Equipa Internacional de Observadores Militares para a Cessação das Hostilidades Militares, a missão deverá ser integrada por 23 militares estrangeiros 70 oficiais moçambicanos, dos quais metade será apontada pelo Governo moçambicano e os restantes pela Renamo.

A missão vai “observar, monitorar e garantir a implementação do acordo de cessação das hostilidades militares”, permitindo o avanço das “fases subsequentes” estipuladas no memorando de entendimento acordado entre a Renamo e o Governo, que inclui a desmilitarização do braço armado do partido liderado por Afonso Dhlakama.

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A integração dos homens armados Renamo nas forças de defesa e segurança do país ou em outras funções do aparelho do Estado é outro dos termos negociais que os observadores internacionais terão de acompanhar.

Segundo avança a AIM, o comando da missão, que tem a duração de 135 dias com possibilidade de prorrogação, vai ser instalado na capital moçambicana, Maputo, e será dirigido por um brigadeiro indicado pelo Botsuana e por quatro coronéis – um italiano, um zimbabueano, um do exército moçambicano e um da Renamo.

Além de Maputo, a missão manterá ainda equipas em quatro províncias do país, designadamente Inhambane, Sofala, Tete e Nampula.