Num pequeno comunicado emitido na tarde deste sábado, o governador do Banco de Portugal agradece “a todos os elementos do Conselho de Administração em funções a disponibilidade demonstrada para assegurar a estabilidade da instituição nas primeiras semanas” do Novo Banco.

Nessa nota à comunicação social, Carlos Costa reitera o seu objetivo de, “num prazo tão curto quanto razoavelmente exequível, o Novo Banco passe a contar com uma estrutura acionista estável” – leia-se, que o banco seja vendido rapidamente. O governador justifica a estratégia com a necessidade de garantir “o desenvolvimento de um projeto criador de valor para a instituição, para os seus trabalhadores, para o sistema financeiro e para a economia nacional”.

Fica também a promessa de que o novo conselho de administração “será conhecido logo que concluídos os procedimentos prévios exigidos”, ou seja, num prazo curto.

Segundo apurou o Observador, o substituto de Vítor Bento está escolhido e é um banqueiro (ao contrário de Vítor Bento, que não tinha experiência anterior em bancos). O escolhido está a tentar fechar a sua equipa e a definir o organigrama respetivo. Há também burocracias a tratar, como a confirmação do nome com o Fundo de Resolução, a definição precisa do mandato. O anúncio pode acontecer ainda este sábado.

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No Ecofin de Milão, Carlos Costa recusou falar aos jornalistas. O mesmo aconteceu com Maria Luís Albuquerque, que ontem já tinha falado sobre as matérias em cima da mesa na reunião.

Vítor Bento e a sua equipa apresentaram formalmente a sua demissão, alegando divergências estratégicas com a opção do Banco de Portugal de vender rapidamente o banco, sem dar espaço a que seja implementada uma estratégia de médio prazo para solidificar a instituição.

N.R.: Notícia atualizada às 17h00 com comunicado do Banco de Portugal e com nova informação sobre o escolhido de Carlos Costa.