A chanceler alemã, Angela Merkel, está a estudar o aumento da contribuição da Alemanha no combate contra o Estado Islâmico (EI), através da participação de militares na instrução de tropas do norte do Iraque, informa hoje o Bild.

Segundo o jornal alemão Bild, a missão daqueles soldados paraquedistas alemães seria instruir as tropas curdas da região no manejamento de armamento de ataque e precisão para otimizar assim as operações contra o EI.

Outro jornal alemão, o Suddeutsche Zeitung, sublinha hoje o objetivo de Merkel de analisar as hipóteses de uma maior contribuição alemã para a aliança internacional contra o EI numa reunião com os ministros da Defesa e Negócios Estrangeiros, que se realizará na próxima quinta-feira.

O governo alemão aprovou há duas semanas o envio de armas e munições para as tropas curdas, decisão que rompe a política defendida até agora pela Alemanha de não autorizar fornecimentos a regiões em conflito.

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Tanto a chanceler como o ministro dos Negócios Estrangeiros, Frank-Walter Steinmeier, comunicaram o compromisso com a aliança internacional contra o EI liderada pelos Estados Unidos, mas descartaram uma participação alemã em missões de combate.

Entretanto, o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, viaja hoje para o Cairo para se reunir com autoridades egípcias e da Liga Árabe para receber apoios à coligação internacional que pretende formar contra o EI.

Os Estados Unidos e dez países árabes e a Turquia acordaram numa reunião esta semana na cidade saudita de Yeda uma estratégia global para enfrentar o terrorismo e especialmente o EI, que proclamou em finais de junho um “califado” nos territórios que conquistaram na Síria e no Iraque.

Na segunda-feira em Paris são esperados uma vintena de países, representados ao nível ministerial, numa conferência sobre a segurança no Iraque para tentar distribuir os papéis entre os diferentes países na coligação internacional contra o EI.