No último ponto de situação da Proteção Civil Municipal, dado às 19 horas desta terça-feira, o presidente da câmara da Lourinhã, João Duarte Carvalho, disse aos jornalistas que 130 bombeiros e 30 viaturas de várias corporações estão no terreno e “não vão parar toda a noite” com as limpezas, até às 8 horas de quarta-feira, altura em que as autoridades vão fazer uma nova avaliação. Os meios estão ainda apoiados por máquinas pesadas e por 34 funcionários do município.

O autarca afirmou que vai pedir ao Governo um regime de exceção para desfrutar dos mesmos apoios destinados aos concelhos em que estava ativado o alerta laranja da Autoridade Nacional da Proteção Civil. “Espero com isso que haja comparticipação das despesas que o município está a ter [com o dispositivo que está no terreno] pelo Ministério da Administração Interna”, declarou.

João Duarte Carvalho adiantou que os cinquenta pedidos de ajuda que as autoridades da Proteção Civil tiveram estão solucionados, mantendo-se casos pontuais a que vão dar resposta durante a noite de terça-feira, como inundações ainda em ruas, casas particulares e Adega Cooperativa da Lourinhã, que é um dos dois produtores da única aguardente produzida em região demarcada de Portugal e uma das três da Europa.

Uma família, composta por um casal e uma criança, continua alojada numa unidade hoteleira local, depois de a casa ter ficado temporariamente inabitável devido à entrada de água. As restantes seis pessoas já voltaram às suas casas. Numa das poucas ruas da sede do concelho que permanece intransitável ao fim de 24 horas, a Avenida António José de Almeida, uma bomba está a funcionar desde igual período para retirar cerca de dois milhões de metros cúbicos de água de uma garagem de um prédio de habitação.

A Proteção Civil Municipal volta a reavaliar a situação e os meios envolvidos às 8 horas de quarta-feira, tendo previsto para as 11 horas um novo ponto de situação.

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