Meses depois da captura de El CHapo o México vê mais um dos lendários líderes de cartel de droga a ser capturado. Héctor Beltran Leyva era um dos mais procurados traficantes de droga daquele país a operação para a sua captura estava a ser planeada já há onze meses. Terá sido apanhado numa marisqueira sem que tenha havido necessidade de utilização de armas de fogo por parte das autoridades, disse o diretor da Agência de Investigação Criminal da Procuradoria-Geral da República, Tomas Zeron. O governador mexicano, Enrique Peña Nieto, saiu também vitorioso desta captura numa altura em que via a sua popularidade baixar à velocidade que aumentava a criminalidade do pais e a insegurança do povo.

Beltrán Levy tinha 49 anos e, segundo o Finantial Times, não dava muito nas vistas na cidade de Querétaro onde a paisagem é marcada pelos carros de luxo com vidros fumados e portas blindadas e pelos homens de negócios que traficam arte. Nas ruas dava pelo nome “The H” ou “The Engineer” – O H ou O Engenheiro – antes de liderar o cartel com o seu nome, era o número dois de El Chapo no Sinaloa. Foi depois do seu irmão Alfredo ter sido apanhado em 2008 e  do seu outro irmão, Arturo, ter sido morto num tiroteio com fuzileiros, ocorrido no final do ano seguinte, que “The H” começou a chefiar as operações do grupo dedicado em particular ao tráfico de cocaína da América Central e do Sul para os Estados Unidos e Europa

Peña Nieto já tinha emitido um mandato de captura e um prémio de, aproximadamente, 1.4 milhões de euros – os Estados Unidos ofereciam 4 milhões de euros. E embora seja acusado de ter desviado a atenção dos cartéis de drogas diz ser responsável pela queda de 29% na taxa de homicídios desde 2012 e pela captura de 88 dos 120 criminosos mais procurados.

Contudo, há crimes que continuam a aumentar no país, como é o caso dos raptos que em 2013 aumentaram 21% e extorsão que já conta com o nono aumento desde 1997. Também a maneira como o governo lida com os, alegados, criminosos tem sido criticada e é acusado de atropelo aos direitos humanos pela mais recente execução de 22 pessoas.

As críticas chegam dos mais variados setores da sociedade. Gustavo Mohar, anterior secretário geral dos serviços de segurança e inteligência mexicana ironizou acerca dos atuais dados da segurança: ” como alguns dizem, o atual problema do México é cada vez menos o crime organizado mas, sim o crime desorganizado.”

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