Cerca das 08h40 de Lisboa, os juros da dívida portuguesa a dez anos estavam a descer para 3,031%, contra 3,044% no encerramento da sessão de sexta-feira e depois de terem descido até aos 3,020% a 27 de agosto, um mínimo de sempre.

No mesmo sentido, no prazo a cinco anos, os juros estavam a cair para 1,579%, um mínimo de sempre e contra 1,601% no final da sessão de sexta-feira.

A dois anos, os juros também estavam a descer, para 0,464%, depois de terem terminado a 0,488% na sexta-feira e de terem atingido o valor mais baixo alguma vez registado, de 0,437%, a 25 de setembro passado.

Além de manter a taxa de juro no mínimo histórico para 0,05%, o Banco Central Europeu (BCE) anunciou em Nápoles mais pormenores sobre os programas de compra de dívida privada, designadamente que estes vão estar em vigor dois anos.

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O pacote do BCE inclui a compra de ativos ABS (asset-backed securities) e de créditos hipotecários em euros emitidos por instituições financeiras da zona euro.

Os analistas não esperavam mudanças na taxa de juro diretora, alterada em setembro para 0,05%.

A 04 de setembro, o BCE reduziu a taxa de juro diretora para 0,05%, um novo mínimo histórico, e anunciou que iria lançar um programa de compra de dívida privada para apoiar o mercado de crédito e dinamizar a economia da zona euro, mas sem precisar o montante.

A 17 de maio passado, Portugal abandonou oficialmente o resgate sem qualquer programa cautelar.

O programa de ajustamento solicitado por Portugal à ‘troika’ (Comissão Europeia, BCE e Fundo Monetário Internacional), no valor de 78 mil milhões de euros, esteve em vigor cerca de três anos.

Os juros da dívida soberana da Irlanda estavam hoje a cair em todos os prazos. Dublin terminou a 15 de dezembro de 2013 o programa de ajustamento solicitado à ‘troika’ em 2010, no valor de 85 mil milhões de euros.

Os juros de Itália estavam a descer em todos os prazos, bem como os de Espanha e os da Grécia a dois anos e a dez anos, os únicos prazos disponíveis.