O ministro dos Transportes israelita, Israel Katz, advertiu a comunidade internacional que o dinheiro doado para a reconstrução em Gaza será um desperdício se o movimento islâmico Hamas não renunciar à luta armada.

Em declarações na noite de domingo, diante de cerca de 2.000 simpatizantes do partido Likud, o ministro avisou que o seu Governo está preparado para lançar novas ofensivas contra a Faixa de Gaza, como a que ocorreu no verão passado.

Katz, um dos homens mais próximos do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, insistiu que os habitantes de Gaza “devem escolher entre Singapura e Darfur” e “entre a recuperação económica e a guerra e a destruição”.

O ministro israelita recomendou à comunidade internacional que aprenda com seus fracassos no Iraque e na Síria, responsabilizando-os pelo auge de movimentos jihadistas como o Estado Islâmico (EI).

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“Se elegem o terror, o mundo não deve gastar mal esse dinheiro. Se um só foguete for disparado (contra Israel), tudo será reduzido à ruína”, ameaçou.

“Aqueles dias em que os judeus eram massacrados e não faziam nada terminaram. Se uma operação “Margem Protetora” não é suficiente, haverá duas ou três até que o terrorismo do Hamas desapareça. Prefiro que mil mães palestinianas chorem a que uma só mãe judia o faça”, afirmou Katz, citado hoje pelo jornal “Jerusalem Post”.

Mais de 2.100 pessoas, dos quais cerca de 75 por cento de civis palestinianos, morreram e mais de 11 mil ficaram feridas este verão durante os cinquenta dias de bombardeamentos contínuos de Israel na Faixa de Gaza.

Sete mil edifícios e vivendas foram reduzidos a escombros e mais de 100 mil pessoas perderam as suas casas, num território empobrecido que vive sob embargo dos israelitas desse 2007 e onde vivem dois milhões de pessoas.

No domingo, cerca de meia centena de países, com os Estados Unidos e a Suécia à frente, comprometeram-se a enviar cerca de cinco milhões de dólares à Palestina, cerca de dois milhões para a reconstrução de Gaza.