A provisão de 267 milhões de euros que o BES teve de fazer em julho, para assegurar o reembolso da dívida do GES comprada pela petrolífera estatal venezuelana PDVSA, deve ser devolvida pelo Novo Banco, diz esta manhã o Diário Económico. Se esta almofada não fizer parte do balanço definitivo do Novo Banco, isso pode significar uma boa notícia para a instituição: as necessidades de capital serão menores do que o previsto inicialmente.

A provisão foi feita depois de a administração de Vítor Bento ter identificado duas cartas de conforto enviadas por Ricardo Salgado à empresa estatal da Venezuela. E terá sido transferida para o Novo Banco, assim como outros passivos relacionados com a Venezuela, como o empréstimo de 835 milhões de euros que o Goldman Sachs concedeu ao BES em julho para financiar a construção de uma refinaria naquele país.

Porém, segundo acrescenta o Económico, as cartas-conforto podem não ser válidas, dando espaço ao Novo Banco para libertar-se da obrigação de reembolsar a petrolífera venezuelana pelas dívidas da família Espírito Santo, sendo esta um dos principais depositantes do velho BES: mais de dois mil milhões de euros em depósitos (cerca de 5% do total), mas também um dos principais investidores em dívida da ES International, a holding de topo do Grupo Espírito Santo (GES).

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