O Parlamento aprovou esta sexta-feira por unanimidade a criação do dia nacional das Linhas de Torres em “homenagem à resistência do povo português aliada à estratégia e engenharia militar” do “mais notável conjunto de fortificações das Guerras Napoleónicas”.

“A criação do Dia Nacional das Linhas de Torres propõe ser uma justa homenagem à memória e resistência do povo português aliada à estratégia e engenharia militar. Ao espírito de sacrifício de todos aqueles que lutaram contra o invasor, fosse integrando o exército aliado, construindo as fortificações ou abandonando as suas casas e destruindo os seus bens, privando o exército invasor de se alimentar no terreno mas, também, pondo em causa a subsistência dos compatriotas e o futuro do país”, lê-se na deliberação.

O projeto de resolução, aprovado por unanimidade, foi apresentado pelo PSD, PS e CDS-PP.

O dia escolhido foi 20 de outubro, o dia em que a estratégia defensiva das Linhas de Torres começou, em 1809, a ser desenhada, sendo a “data do memorando que Lord Wellington dirigiu a Richard Fletcher ordenando o reconhecimento do terreno e a fortificação dos pontos mais convenientes e defensáveis”.

Estavam, assim, lançadas as bases do “sistema de defesa a norte de Lisboa, que viria a ser conhecido por Linhas de Torres Vedras – três linhas com um total de 152 redutos, 600 peças de artilharia e um sistema de comunicações com dez postos de sinais, defendido por cerca de 140 mil soldados portugueses, britânicos e espanhóis, bem como tropas portuguesas não regulares, estendidos ao longo de mais de 88 quilómetros”.

“As Linhas de Torres constituem o mais notável conjunto de fortificações das Guerras Napoleónicas, tendo sido aí que decorreram as principais manobras militares, com o confronto das tropas em Sobral de Monte Agraço, Arruda dos Vinhos e Vila Franca de Xira”, lê-se na resolução, que sublinha que constituíram “um ponto de viragem na história das Campanhas Napoleónicas”.

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