O vírus do ébola infetou mais de 20.300 pessoas e provocou a morte a 8004, de acordo com o balanço mais recente da Organização Mundial de Saúde (OMS). Dessas, 7989 ocorreram em três países da África Ocidental, com a Libéria a surgir em posição de destaque, com 3423 mortes. A estas, juntam-se outras 15 mortes no resto do mundo.

O chefe da Missão das Nações Unidas para o Combate ao Ébola (UNMEER), Anthony Banbury, defendeu nesta sexta-feira que a comunidade internacional deve prosseguir os esforços para combater o surto e que não está para já o fim do ébola na África Ocidental. Anthony Banbury, que assumiu o cargo quando a UNMEER foi criada, em setembro, deixará no sábado Accra, a capital do Gana, para ceder o lugar ao mauritano Ismail Ould Cheikh Ahmed.

“Penso que a mobilização deu os seus frutos, mas temos ainda um longo caminho a percorrer (…) trata-se de um combate muito difícil e não sabemos o que o futuro nos reserva”, declarou em conferência de imprensa em Accra.

“O que me preocupa, acima de tudo, é saber quando vamos atingir números mais baixos – o que deverá acontecer já em 2015, estou convencido disso… Mas, com um caso aqui e mais dois acolá, continua a ser uma ameaça preocupante para qualquer comunidade em qualquer país”, sublinhou, instando a comunidade internacional a não desviar a atenção do ébola até que a epidemia esteja completamente ultrapassada.

A UNMEER foi criada para coordenar a luta contra a doença nos três países mais atingidos (Libéria, Serra Leoa, e Guiné-Conacri). Foi a primeira missão da ONU no terreno especificamente destinada a controlar uma crise de saúde pública.

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